Haroldo Barroso Neto em 17/02/2006 18:00
Caro Sr. Marco, vou ser mais breve em meu comentário, o senhor não o lê por completo, assim como o senhor Boi Entrela fez questão de salientar, dessa vez, por te-lo lido na integra.
Espero que a sua memória, ou até mesmo a sua reputação, não tenha tanto descrédito quando faz certas acusações como o senhor vulgo Boi Estrela, se prefere fazer das palavras e dos fatos da memória desse senhor como sendo suas fique também com as falácias e deslizes, por vezes proferidos como suas também. Preferes assim, que seja.
Foi o que disse senhor Marco, o Boi Garantido faz impugnações sim, claro, tanto que costuma fazê-las quando elas realmente existem. Em 2002 provou que a toada de desafio com o título "Boi de lata" fazia referência e agredia uma pessoa física, por isso o Boi Caprichoso foi penalizado, como diz o regulamento, em 10 pontos a menos em sua somatória geral, assim como em 2003 o Boi Garantido perdeu 10 pontos por lançar fogos de artifício dentro do raio proibido nas proximidades do Bumbódromo. O que me referi foram quanto as impugnações idiotas, burras e desesperas, impugnações sem capacidade de serem acatas, mas mesmo assim O Boi Caprichoso as fez. Por isso aquela toada de desafio de 2003 do Boi Garantido os chama "boi babão", certo?
E o foi apresentado na apuração dos votos em 2003 não tinha a menos "pinta" de ser montagem, já que foram apresentada fotografias "convencionais" acompanhada de seus negativos.
E quanto as notas atribuídas por antecipação pela senhora jurada, mesmo já tendo contado esse fato aqui neste mesmo mural há um tempo atrás, irei repeti-lo para o senhor, justamente como foi contado a mim e a uma amiga pela senhora Socorro Lopes, na época do ocorrido. E tenha como certo e verdadeira o que irei contar, pois é a verdade vinda de uma pessoa de dentro do Boi Caprichoso.
Em 2003, como de costume, os jurados, acompanhados pelos representantes de cada agremiação chegaram na ilha no dia 28/06/2003, horas antes da primeira apresentação, sendo levados para um casa, local que seria seus aposentos durante toda a estadia na ilha. Mas neste mesmo dia aconteceu um fato, um jurado homossexual, sem avisar a comissão organizadora do festival, recebeu a presença de seu parceiro, de seu companheiro, e solicitou que este ficasse acomodado na casa junto com ele e os demais membros do jure. Só que isso é proibido pelo regulamento, fato que gerou o desentendimento entre esse jurado e a comissão organizadora, forçando-a, para tentar solucionar o problema, a sair da casa e hospedar os jurados em um pequeno hotel dentro da ilha, mesmo com essa decisão, inconformado e chateado esse referido jurado homossexual preferiu se desligar da comissão julgadora. Lembra-se disso, que uma jurado abandonou o corpo do jure em 2003?
Pois bem, por esse motivo, por esse pequeno impasse, o corpo de jurados saiu da casa onde costuma se hospedar, sendo levados para um pequeno hotel, para tentar reverter o problema de acomodação de um hospede inesperado (confesso que essa decisão de sair da casa e ir para um hotel, por esse motivo, também me parece estranho, mas foi isso que aconteceu), mas mesmo assim o jurado se desligou do festival.
E foi, dentro do hotel, na tarde do dia 29/06/2003 que um funcionário do mesmo, ao fazer a limpeza do quarto da senhora jurada em questão, encontrou um papel amassado em local visível, e ao apanhar o referido papel não pode deixar de ler o seu conteúdo. E conhecendo os meandros e os fatos regressos do Festival e sua histórias levou esse "pedaço de papel" ao gerente do Hotel e este notificou e levou o mesmo achado para os dois representantes de cada agremiação. E, ao analisá-lo, este continha números, organizados como uma operação / equação de soma e diminuição, organizados de tal forma que fazia entender o seu conteúdo e o seu objetivo. E neste momento, de comum acordo, os dois representantes de cada agremiação resolveram manter sigilo sobre o achado para que não fosse de conhecimento dos jurados e ambos fizeram cópias do materiais e assim foi decidido. Isso foi o que soube da senhora Socorro Lopes, na frente do curral do Boi Caprichoso, em meio as comemorações que estavam para começar neste local, eu estava acompanhando uma amiga desta senhora, para quem tudo esclareceu comigo por perto.
Sendo que, na madrugada deste mesmo dia os membros do Boi Garantido haviam flagrado essa mesma jurada conversando com uma pessoa ligada a diretoria do Boi Caprichoso, logo depois da primeira apresentação, e isso aconteceu porque a representante do Boi Garantido notificou a ausência desse senhora quando os membros do jure ainda se dirigiam para o local marcado para se encontrarem, depois da reunião que costumam fazer apos a atribuição das notas da primeira apresentação, todos os jurados estavam lá, menos ela, avisados os fiscais do Boi Garantido encontraram essa senhora conversando com um membro do Boi Caprichoso, uma moça, que não me recordo do seu nome agora. Ao ver a cena os fiscais não hesitaram em usar uma máquina fotográfica convencional e registrar o encontro sem que ambas suspeitassem.
Com os dois fatos em mãos a diretoria do Boi Garantido sabia como proceder. Levar a denuncia não como forma de impugnação, pois quem julga as impugnações são os próprios jurados, sendo assim seria inútil levar as provas de quebra de regulamento do festival de um membro do jure para o próprio jure analisar e julgar.
E o que explico agora são os fatos que foram presenciados no ato da apuração dos votos:
As provas foram levadas para o presidente da comissão julgadora, naquele ano era um oficial de alto escalão do Compor de Bombeiros, pouco depois da leitura de todas as impugnações, cabendo ao presidente da comissão analisar as provas e ele mesmo julga-las, procedente e verídicas, a ponto de desclassificar a participação da agremiação Boi Bumba Caprichoso do Festival Folclórico de 2003 e anunciar como campeão (ou seja, pentacampeão) O Boi Garantido. E curioso, acompanhando o senhor presidente César Oliveira na leitura das impugnações, compondo com este a mesa de apuração, por força de um imenso acaso, estava a moça que foi flagrada na madrugada do dia 29/06/2003 com a senhora jurada, aparecendo nas fotografias acompanhadas dos seus negativos. Neste momento, por alguns instantes, esse moça ficou se voz, pálida e desconcertada completamente, assim como o senhor presidente César Oliveira. Mas em meio a pressão e a confusão que se instalava na sala de apuração, o presidente da comissão julgadora preferiu não levar as provas para um veredicto que desclassificasse o Boi Caprichoso, preferindo ler as notas. E assim foi. E ainda chegaram a discutir e a exigir do senhor presidente da comissão julgadora uma decisão, se as notas da jurada que estava nas fotos seriam lidas e computadas ou não. Decidiu-se que elas iriam ter valor e que as provas (fotos) não foram aceitas, naquele momento, pra desclassificar o Boi Caprichoso.
Mas para aquele papel amassado encontrado nos aposentos da jurada fotografada serem o que pareciam ser precisavam da leitura das notas lacradas. Quando as notas, dessa jurada, da segunda apresentação começaram a serem lidas, frente a precisão dos valores comparados definiu-se: ali não estavam apenas números, e sim notas da segunda e terceira apresentação, notas de ambos os bumbas que esta jurada atribuiu antes da segunda apresentação. Assim, depois de comprovar, sem que fosse preciso fazer qualquer tipo de denuncia ou alarde antes de comprovar o que tinha em mãos, aquele pedaço de papel era o desfecho do que se configurava como a fraude de 2003. Fraude, eu repito.
Mas neste momento da apuração, com leitura das notas, e a decisão do presidente da comissão julgadora de atribuir o título à agremiação que somasse mais pontos em seu total, já havia sido decidida. A existência ou não desse ?achado? não faria, dentro do regulamento do festival, efeito algum.
Pois bem, tudo que disse e afirmo aqui, não foram elaboradas pela mente insana de um idiota ou de um simples louco qualquer, parte são esclarecimentos da senhora Socorro Lopes a uma amiga que temos em comum em Parintins, e até imagino que esses fatos devem ter sido do conhecimento de muitos nessa cidade, e outras foram vistas por todos, pela transmissão da emissora que cobriu a apuração das notas e exibiu na íntegra tudo o que houve, eu mesmo tenho essa apuração tenho a assistido varais vezes e conversado com pessoas ligadas aos bois sobre este fato.
Imagino até que, nas suas idéias de torcedor, partidárias como costumam ser, devas julgar essa explicação como mentirosa, fruto da imaginação de um ?torcedor do boi contrário?, mas procure saber mais a respeito e se puder, a comprovação verídica desses mesmos fatos que a minha chegam.
Haroldo Barroso Neto