Parceiros:

» Criação de Sites

» Criação de Sites em Manaus

» Site Manaus





Siga ParintinsCom no Twitter

Controle de Público no Bumbódromo é discutido

17/05/2006, Ag/Nativa Comunicações

Parintins (AM) - Por medidas de segurança e para evitar superlotação, o acesso ao Bumbódromo de Parintins no 41º Festival Folclórico deverá passar por um controle mais rigoroso, especialmente nos setores das arquibancadas do povão e nas gerais, onde não há fixação de limites de público. Há registros de anos anteriores, em que o fechamento dos portões foi a única medida capaz de conter a superlotação.

Não há um número oficial sobre a capacidade do Bumbódromo. A imprensa estima em 25, 35 e até 40 mil expectadores, mas os números são imprecisos. Com a expectativa de que Parintins receba em 2006 um público 20% maior que o registrado no Festival Folclórico do ano passado, as preocupações com a segurança estão sendo redobradas.

Ontem, o promotor de justiça, André Belota Seffair confirmou que oficiais do Comando Geral do Corpo de Bombeiros chegam no sábado a Parintins para realizar perícia técnica nas dependências do Bumbódromo, devendo o laudo mencionar a capacidade máxima de pessoas por cada setor. A solicitação foi encaminhada pela Procuradoria Geral do Ministério Público, que tem contribuído nas discussões sobre a segurança do Festival, com base no relatório do Gabinete de Ações Integradas de Segurança Pública instalado no ano de 2005, que apontou os acertos e as falhas.

Pela quantidade de ingressos colocados à venda, os números indicam que oficialmente as arquibancadas especiais comportam em cada lado 1030 pagantes e nas cadeiras numeradas mais 870 pessoas. Caprichoso e Garantido vendem no total 3.800 ingressos de arquibancadas e cadeiras.

O promotor argumenta, no entanto, que não se pode afirmar qual é a capacidade máxima. Apenas no "olhômetro" não é possível saber se é 35 mil. O exemplo é o estádio Vivaldo Lima, bem maior que o Bumbódromo, e tem capacidade para 38 mil. "Se não tivermos o controle efetivo do público que transita por aquela área, não temos como garantir a segurança do Festival. O objetivo é que as pessoas estejam cientes de que há um esforço grande das instituições para dotar o prédio da maior segurança possível", completou.


À direita, o Promotor André Seffair

A forma como vai ocorrer o controle das pessoas é outra situação que vai demandar uma ampla discussão com agremiações folclóricas, sociedade e instituições que trabalham com segurança pública. O promotor sugere que para este ano, o controle seja monitorado numa espécie de laboratório e que as sugestões mais viáveis sejam encaminhadas para a empresa Ativa, que vem sendo a responsável pela organização e segurança do Festival e para a Secretaria de Estado da Infra-estrutura, a quem cabe adequações na estrutura do prédio.

O comandante do Corpo de Bombeiros de Parintins, sargento BM Wilson Silva, confirma a vinda dos peritos no sábado. Ele explica que as perícias serão feitas de acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, que estabelece o número de pessoas por metro quadrado ou metro linear. Existe uma norma técnica de lotação de público em pé, que seria de quatro pessoas por metro quadrado. Essas regras asseguram a liberdade de movimento e evitam a superlotação, o efeito dominó, além de que é possível controlar a situação em casos de evacuação. "Nunca houve esse controle, a lotação do Bumbódromo é feita livremente. Neste ano faremos uma experiência para que se tenha um dado real.", disse.

O presidente do Boi Garantido, Vicente Matos, lembra que é importante a participação dos órgãos governamentais nessas discussões, principalmente quando se trata de adequações no Bumbódromo, que é de responsabilidade da Seinf. Matos acredita que o tempo está curto para operacionalizar qualquer estratégia de controle de público. Ele considera importante os estudos, até para humanizar o acesso do público que chega às 07 da manhã, enfrenta uma fila de oito horas para entrar às 15 h no Bumbódromo e assistir ao seu boi preferido à meia-noite.

O presidente do Caprichoso, Carmona Oliveira, disse que esta é uma questão de organização e que prefere não omitir opinião antes de receber as informações concretas do trabalho que será executado.