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A retirada dos alagados

22/05/2006, Floriano Lins/ Amazonas em tempo

O início das operações de retirada das famílias das áreas de risco e das áreas baixas da cidade de Parintins, foi marcado pelo recuo de muita gente que, no final de semana, havia confirmado suas mudanças para os locais reservados pela prefeitura para abrigos de emergência.

Até o começo da noite de ontem, o coordenador da Defesa Civil, Ney Augusto, informou que somente quatro famílias foram retiradas do beco Ademir Farias e da rua Barreto Batista, no bairro Itaguatinga, uma das áreas mais afetadas pela subida do nível das águas.

A operação começou pouco depois das nove horas da manhã, com a previsão de retirada de vinte famílias que haviam sido previamente convencidas pelos membros da Defesa Civil, mas a decisão pela permanência em suas casas, mesmo alagadas, falou mais alto e as investidas dos integrantes das equipes da Defesa Civil não foram suficiente para convencer pais e mães de famílias a deixarem suas casas.

Apenas vinte pessoas, entre adultos, jovens e crianças de quatro famílias foram transferidas para o centro de Treinamento Dom Arcângelo, zona sul da Ilha, que tem espaço para abrigar até 60 famílias.

Ney Augusto informou que, as poucas mobílias dos desabrigados foram levadas para casa de parentes ou amigos, mas, se houver necessidade, já temos disponível o ginásio de esportes Elias Assayag e o ginásio Dom Gino Malvestio, no bairro Itaúna.

O coordenador da Defesa Civil diz que o maior problema está no convencimento das famílias que precisam deixar suas casas para serem abrigadas em outro local. As pessoas mudam de idéia rapidamente, e isso está dificultando o trabalho. É muito difícil sair de perto do que é seu, mas nós vamos agir da melhor maneira possível para tentar convencer estas pessoas a saírem dessas áreas.

Ele informou que será impossível manter as famílias nos locais de risco. São muitas crianças que estão correndo risco de contrair doenças. Vamos precisar de um laudo do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Saúde para respaldar nossas ações de retirada das famílias. A situação é preocupante e o nível da água continua subindo.