16/06/2006, Bárbara Nascimento/ de A crítica
Desde que os dias 28,29 e 30 de junho não podem ser anunciados como datas oficiais do Festival Folclórico de Parintins, uma discussão quente sobre tema tem sido constante.
Alguns apóiam a idéia, como o jovem Norton de Souza, 15. Fica muito mais fácil para todos prestigiar a festa no final de semana. Quem não tem folga do trabalho ou tem provas na escola, pode participar do festival, alega Norton.
Outros torcedores, como o integrante do Movimento Marujada, Mafran Souza, 21, não gostou de mudança. Senti que o Boi-Bumbá de Parintins perdeu a tradição que vinha há quatro décadas. Este ano está tudo certo para eu ir mais uma vez, mas não me importava em perder provas na faculdade quando o festival era no meio da semana, conta Mafran, que participa todos os anos do festival.
A mudança era discutida pela prefeitura e Secretário Municipal de Cultura, Turismo e Meio Ambiente de Parintins desde que o Festival ganhou proporção nacional e internacional, mas só foi realizada no ano passado, nos dias 24, 25 e 26 de junho. Esse ano o Festival será realizado nos dias 30 de junho e 1º e 2 de julho.
Louco por Boi-Bumbá
O universitário Roberto Miranda Soares Júnior, 25, já aprontou muito para conseguir viajar para Parintins durante o Festival, inclusive fugir do trabalho. Eu faço tudo para estar naquela festa. Cheguei na academia onde trabalhava e comuniquei que eu pariciparia do Festival. Eles disseram que eu seria demitido se fizesse isso. É claro que fui demitido, diz Roberto, que conseguiu emprego depois da festa.
Apesar de acreditar que a mudança não seja boa para tradição e história do Festival Folclórico, Roberto, entende a decisão tomada. Se por um lado o boi-bumbá perde a tradição, por outro ganha mais turistas durante a festa, como aconteceu ano passado. E isso é bom para os dois lados, até para o torcedor, que pode se programar antecipadamente, afirma