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Coreografia Tribal

20/06/2006, Peta Cid, direto de Parintins

As coreografias passaram a ocupar lugar de destaque nas apresentações dos bumbás de Parintins, a partir da década de 90. As danças indígenas coreografadas se transformaram em um espetáculo à parte. Os movimentos sincronizados e trabalhados de acordo com a temática são minuciosamente trabalhados e chegam a exaustão. Mas o esforço vale pena na hora de somar os pontos no item coreografia.

Este ano, o Caprichoso decidiu mostrar à torcida 50% das coreografias de arena, na Festa Tribal realizada no final de semana no curral Zeca Xibelão.

Ao comando do coreógrafo Jair Almeida e do ex-apresentador, Gil Gonçalves, membro do Conselho de Arte, os 500 brincantes mostraram que estão prontos para incorporar os movimentos para compor o cenário humano que traduzirá a Amazônia -Solo Sagrado.


Pajé e tribos

O show tribal destacou a encenação da toada Abanguera Ronaldo Barbosa , que retrata o homem primitivo que conquista o solo sagrado. Outro destaque foi para a coreografia da toada Viagem ao Mundo dos Espíritos, também de Ronaldo Barbosa.

O Pajé Waldir Santana que desceu em cabo e aço, e a Cunhã-Poranga, Isabel Souza tiveram participação especial, interagindo com o tribão.

O segredo para ensaiar as tribos está na experiência e na forma de conduzir os brincantes.O coreógrafo Jair Almeida usa a técnica do passo a passo, do dois pra lá, dois pra cá até a seqüência de cada movimento.

Para a montagem das coreografias, os instrutores precisam estar integrados com o Conselho de Artes. Todos os movimentos, tanto de palco, como de arena, são elaborados por meio de pesquisas sobre a concepção do boi, das toadas, lendas e rituais.