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Caprichoso entra na primeira noite com a Primeva Amazônia

29/06/2006, Peta Cid, direto de Parintins

Abanguera: A Primeva Amazônia

Quando os vulcões andinos Cotopaxi, Chimborazzo e Reventador começarem a evoluir na arena do Bumbódromo será o início da materialização da Primeva Amazônia, como foi batizada a primeira noite de apresentação do Boi Caprichoso. De todas as estruturas alegóricas que formarão o cenário para representar o processo evolutivo do homem uma em especial, é esperada como a sensação da noite - o gigante Abangüera, originário do Tupi aban- homem e güera - antigo.

O Caprichoso reverencia nesta estrutura alegórica os ancestrais, a jornada heróica rumo à conquista do Grande Vale Amazônico e a necessidade de conservar o patrimônio natural. Alegoria confeccionada por Rossy Amoedo, o Abanguera, representa no contexto da Primeva Amazônia os primeiros caçadores que chegaram na região para se implantar e evoluir com a própria floresta. É a primeira vez que eu falo do Abanguera. Confesso que nele vamos depositar todas as nossas esperanças, nesse caçador que resistiu ao frio, à fome e fúria dos bichos e conseguiu vencer os desafios. O Caprichoso também é assim, explica Ronaldo Barbosa, do Conselho de Arte.

Amparada por um mágico cenário que expressa a evolução do ambiente físico da Amazônia, assim como da arte e do folclore, a alegoria vai ser um caminhar para o futuro. E nos momentos exatos, com a técnica dos movimentos, o homem antigo sofrerá mutações, descerá das árvores para conquistar o solo sagrado. Será a representação cênica do homem antigo vindo de longe para iniciar a cultura tropical, a cultura cabocla. Pela conceituação, as transformações que serão mostradas na arena vão retratar bem a evolução, ou seja, dos caçadores da Beríngea ao brincador de Boi Bumbá, das inscrições rupestres nas itacoatiaras aos artistas parintinenses, da preguiça gigante à onça pintada, do Bumbá Meu Boi do Maranhão, ao Boi Bumbá de Parintins.

É a representação do passo ancestral que o Caprichoso vem comemorar com o passo presente, adianta Barbosa.

O artista Rossy Amoedo parecia tranqüilo ontem, quando os módulos da alegoria começaram a ser transportados. O trabalho está pronto, esperamos que tudo dê certo, disse, explicando que a dimensão estética do Abanguera é de aproximadamente onze metros de altura.

Na verdade ele é o começo da Amazônia que a gente vive hoje, a Amazônia que é o nosso solo sagrado. Nós vamos contar como tudo começou, a representação do macaco, depois do homem primata, revela. A própria alegoria determina os momentos e as etapas de modificação desse homem se transformando no caboclo da Amazônia. Como tudo vai acontecer, isso só assistindo ao espetáculo hoje à noite.