01/07/2006, Jornal A Crítica
Garantido
A beleza da composição, o acabamento bem feito e o impacto das alegorias foram um dos grandes trunfos do Garantido na segunda noite do 41º Festival Folclórico de Parintins. As quartro grandes obras Evolução Folclórica da Amazônia, Deuses Pássaros, respectivamente Celebração Folclórica, lenda Amazônia Fugira Típica Regional e Ritual Indígena touxeram boas surpresas.
Em Deuses Pássaros, a cunhã-poranga Tatiane Barros fez uma espetacular aparição na cabeça do deus-pássaros. Em Juteiro, a rainha do folclore, Patrícia de Góes, fez o público vibrar ai surgir montada num poraquê. O Funeral impressionou pelo visual tétrico e pela atuação do pajé André Nascimento.
Vale citar ainda a apresentação das tribos Indígenas, ao som da bela Dança do fogo. O espetáculo terminouem grande estilo, com os torcedores atirando abanadores para cima. Ou , literalmente, jogando seus corações para o alto.
Caprichoso
A fé benzedeira da Amazônia como retrato da figura típica regional foi um dos pontos altos da apresentação do Caprichoso ontem. A alegoria fez parte da Amazônia Mística, pauta nas crenças em deuses, criaturas e o boi-bumbá Azul trouxe na segunda noite do festival parintinense.
As criaturas vagam pelo mangue, no escuro dos tempos, veio na alegoria Viagem do mundo dos espíritos, de Rossy Amoedo. O trabalho é tudo baseado na gênesis do povo caruana, retratada no livro O mundo místico dos caruanas da Ilha do Marajó, de Zeneida de Lima Essa obra tabém serviu de base para o enredo da escola de samba Beija-Flor, de 1998. Para completar a festa, um arco-íris formado por setetuxauas encerrou a noite de apresentação.