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Quem ganha hoje?

02/07/2006, Jony Clay Borges, Da equipe de A Crítica

Uma das principais alegorias do Caprichoso, A Amazônia livre, que seria a apoteose da última apresentação do bumbá no 41º Festival Folclórico de Parintins, não entrou no Bumbódromo. Com o tempo de duas horas e 30 minutos no limite, a diretoria do Azul optou por deixá-lo de fora e evitar perda de pontos por ultrapassaro tempo de apresentação. Mesmo assim, o bumbá mostrou que veio para ganhar.

As três primeiras alegorias extasiaram o público com o espetáculo de criatividade e de robótica mecânica. Na alegoria O cariboca do igapó a portaestandarte Analú Vieira veio nas mãos de um gavião, o amo do boi Edilson Santana chegou em uma borboleta e a rainha do folclore completou o espetáculo.

Karla Tainá veio nas garras de um galo da serra, que batia asas e a colocou diante dos jurados. Escondida num casulo feito com sua própria indumentária, criação de Emerson Brasil, ela se transformou na borboleta amazônica. Mas era só o começo. O touro negro surgiu do alto das mãos da mãe natureza e foi até a galera. Depois fez aparições no alto da arquibancada e no meio dos torcedores. O Bumbódromo era um só voz em gritos de alegria pelo Azul. E quando o pajé Waldir Santana veio do sol e se transformou em metade onça,metade gavião, o público não conteve a emoção. O Caprichoso saiu da rena com uma certeza: foi emocionante.

GARANTIDO

Celebrando a Amazônia como Continente das Águas, o Garantido levou à arena do Bumbódromo um espetáculo belo, suntuoso e emocionante em sua terceira noite de apresentações no festival parintinense. A festa começou com a apresentação da Lenda Amazônica Ipupiara, que empolgou os torcedores. A cunhã-poranga Tatiane Barros causou sensação ao surgircom uma cauda de panos esvoaçantes.

A Celebração Folclórica, lembrando a Procissão de São Pedro, chegou com belas obras e trazendo de uma só vez cinco itens: a Vaqueirada, o amo do boi, Tony Medeiros, o boi, a porta-estandarte Myrrana de Matos e a sinhazinha Vanessa Gonçalves. O apogeu da noite foi o Ritual Indígena Wari, surpreendente, intenso, de tirar o fôlego. Ao longo de toda a noite, a galera respondeu a tudo com mais alegria e entusiasmo do que nas outras noites: foi o grito final do torcedor vermelho, arrebatado.