12/08/2006, Jonas Santos/A Crítica
Edilson Santana e Karla Thainá, atual rainha do folclore, são cogitados para substituir Arlindo e Izabel.
Embora a diretoria do Caprichoso não confirme, o amo do boi, Edílson Santana, é o nome mais cotado para assumir o lugar de Arlindo Junior como levantador de toadas oficial do boi. Ele foi demitido pela diretoria da associação folclórica na quinta-feira, após a avaliação do Festival Folclórico deste ano. Para ocupar a função da ex-cunhã poranga, Izabel Souza, que também perdeu lugar, cogita-se o nome de Karla Thainá, atual rainha do folclore.
Se a diretoria me convidar eu acito na hora. Ser o amo do boi é valoroso, mas a participação é muito curta. Se tiver essa nova oportunidade, ficarei feliz, afirma Edilson Santana.
Não temos ainda nada definido. A diretoria irá se reunir para estabelecer os critérios de escolha dos novos itens oficiais, diz o presidente Carmona Filho. Ele informou ainda que até setembro, o Caprichoso já deverá ter reformulado todo o seu quadro de artistas.
A votação do colegiado do Caprichoso que decidiu pela saída de Izabel e Arlindo foi secreta. Foram utilizadas cédulas e uma urna eletrônica. O presidente enfatizou que o resultado da avaliação do grupo não teve cunho pessoal. É um sentimento de renovação dentro do boi e prevaleceu a decisão da maioria.
A rainha do folclore, Karla Thainá, diz que não houve convite da diretoria. Preferiu comentar somente a saída de Izabel. Eu lamento o que aconteceu. Somos muito amigas. Quanto a assunir a vaga não há nada de oficial, diz.
O ex-levantador de toadas do Caprichoso, Arlindo Junior, se diz injustiçado pela decisão da diretoria. Ele diz que a notícia o deixou deprimido e que ele não esperava o resultado. Estou muito triste e decepcionado com pessoas do boi que se diziam amigas. Houve armação para me tirarem do Caprichoso, desabafou.
Arlindo diz que tomou conhecimento de sua saída por meio da imprensa. Eu não aceito como ocorreu o processo. Tudo se deu às portas fechadas e nem todo mundo foi convidado para participar da reunião. Não me falaram que seria assim. Foi tudo armado para tirarem o corpo fora, esbravejou.
Arlindo Junior estava há 17 anos defendendo as cores azul e branca.