18/08/2006, Jonas Santos/A Crítica
O parintinense está bebendo água contaminada. Dois dos cinco poços lacrados pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais CPRM no ano passado por estarem contaminados com alumínio e nitrato, estão em plena operação.
A denúncia foi feita pelo professor Mena Barreto Segadilha e comprovada pela reportagem, que visitou os poços de bombeamento do reservatório do Serviço Autônomo de Água e Esgoto SAAE, uma autarquia municipal.
Os poços 11 do reservatório da Sham e 19 do reservatório do Palmares, na rua rio Branco, foram encontrados bombeando água para a rede da cidade, apesar da proibição. "Esses poços foram reabertos durante o festival folclórico desse ano por que faltaria água para a população, criticou Mena Barreto.
O diretor do SAAE, Américo Menezes, caiu em contradição. Ele disse que tão logo a autarquia recebeu o relatório da CPRM alertando para a contaminação, informou que o fechamento dos poços resultaria em desabastecimento.
Nesse mesmo período, Governo do Estado e prefeitura inauguraram dois poços no bairro Itaúna 2. Mas a situação do abastecimento não estaria contornada. Apesar da inauguração desses poços e se algum outro fechasse aconteceria o desabastecimento. Estamos no limite, revela. Depois, Américo afirmou que desconhecia o funcionamento de poços condenados.
Segundo o laudo da CPRM, de 31 de agosto de 2005, os poços PT- 11, PT- 21, PT-19, PT-24 e do reservatório da Sham, são os que apresentam teores alumínio e de nitrato. Ironicamente, o slogan do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, em Parintins é: A mais pura água do Amazonas.