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O melhor final de semana do ano

05/06/2002, Jornal A Crítica

Milhares de pessoas se divertindo durante três dias e três noites, no meio da semana, sempre foi uma dose de esquisitice que ajudou a valorizar o Festival Folclórico de Parintins. Todos os anos, a Ilha Tupinambarana (a 325 quilômetros de Manaus) pára nos dias 28, 29 e 30 de junho, não importando se esses dias forem segunda, terça e quarta-feira. O que vale é manter uma tradição que se arrasta desde os tempos em que a festa não tinha extrapolado os limites do Estado.

Este ano, como já coincidiu em outros, o Festival será sexta, sábado e domingo, dias ideais para festividades em qualquer parte do mundo, certo? Errado. Desde que ganhou fama nacional e internacional, a folia bovina nunca deixou de atrair uma grande romaria de turistas a Parintins. Poucos se arriscam a apontar diferenças de público, de uma edição para outra.

A última vez que a festa do boi-bumbá caiu num fim-de-semana foi em 1996, assim como já tinha ocorrido em 1991. Entretanto, não há registros de que, naqueles anos, a participação do público tenha sido maior que em 1988, ano em foi inaugurado o atual Bumbódromo, por exemplo, quando o ápice da festa aconteceu de terça à quinta-feira.

Mesmo assim, muita gente não pôde estar presente à edição inaugural do grande palco de concreto, construído no mesmo lugar onde tinha um de madeira, mas, com menos da metade da capacidade do atual.

Entretanto, a coincidência dos dias não influenciou todos os setores. Para Bernardo Gontijo, proprietário da operadora de turismo Belotur, o Festival no fim-de-semana não provocou nenhuma alteração no movimento de vendas de pacotes.

De acordo com ele, seus clientes se programam para ir a Parintins com bastante antecedência e reservam sempre a semana inteira para a festa. É mais gente que vem de fora, disposta a ver a festa, sem se importar em que dias da semana que ela vai ser realizada, por isso, não notamos nenhum crescimento exagerado, revelou.

Para o ex-presidente do Garantido, Erivaldo Maia, a diferença de público existe, mas é pouco percebida. Talvez por isso, nenhum movimento a favor da troca dos três últimos dias de junho, pelo último fim-de-semana, nunca tenha vingado. O juiz aposentado, Jorge Alberto Mendes Jr, que por duas vezes presidiu a Comissão Julgadora do Festival, foi pioneiro na tentativa. O assunto já foi discutido até em fórum de debates, mas a idéia sempre foi rechaçada.

Enquanto isso, os amantes do boi-bumbá, que já colocaram em jogo até o próprio emprego, preferem aproveitar tudo que têm direito este ano, e esquecer que no próximo, a festa termina segunda-feira, mesmo dia em que começa a de 2004.