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Centro Cultural Usina Chaminé abre exposição sobre Festival Folclórico de Parintins

22/06/2007, Colaboradora Kézia Marinho

O Centro Cultural Usina Chaminé abre mais uma exposição. Desta vez o tema é Ritual Amazônico, que retrata através de fotografias a história do Festival Folclórico de Parintins, representado pelos Bois Garantido e Caprichoso desde sua criação.

A exposição é aberta ao público a partir das 9h, no espaço Sérgio Cardoso, na Usina Chaminé, com entrada franca, e fica em cartaz até o 19 de agosto. As 35 fotografias apresentadas são de autoria de Lóris Zanotta Machado (1952-2002).

Lóris estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, onde concluiu a graduação em 1974. Auto-didata em fotografia, começou a trabalhar profissionalmente nesta área em 1976, documentando obras de alguns entre os mais proeminentes artistas plásticos brasileiros, como Rubens Gerchman, Hélio Oiticica e Antonio Dias.

O Tema Ritual Amazônico apresenta o festival dos Bois Bumbás promovido nas três últimas noites de junho na cidade de Parintins. Com criatividade e riqueza visual, o festival inovou o tradicional folguedo baseado na lenda da morte e ressurreição de precioso boi. Redescobriu a cultura amazônica para o seu próprio país e para o mundo, enfatizando as raízes nativas da identidade brasileira. Esta exposição já foi apresentada na França e em outras regiões do país, como Brasília.

Em Parintins, o festival é uma competição entre dois Bois, ambos criados na década de 1910: o Boi Caprichoso, cujas cores emblemáticas são o azul e o branco, e o Boi Garantido, defendendo o vermelho e o branco. O Festival foi criado em 1965 por membros da juventude católica, visando à revitalização dos folguedos locais.

Hoje, Garantido e Caprichoso, cada qual com cerca de 3,5 mil brincantes, se apresentam num estádio circular, o Bumbódromo, construído pelo governo estadual em 1988, com arquibancadas para 40 mil pessoas. A cada noite os grupos renovam suas fantasias e alegorias em temas secundários. O espetáculo tem duração de três horas.

O boi, símbolo do grupo e motivo central da apresentação, é uma armação forrada por tecido, com uma máscara como cabeça, animada por um brincante. Acompanham-no na arena: a Vaqueirada, que dança em torno do boi em sua chegada e saída; o Amo do boi, que tira uma toada improvisada, chamando o boi para brincar; Pai Francisco e Mãe Catirina, palhaços que usam o riso como forma de sátira social; e Sinhazinha da Fazenda, a filha querida do fazendeiro.

Nas últimas décadas, o festival acentuou os componentes indígenas e regionais da trama, definindo um novo universo simbólico. Os mitos e lendas da cultura amazônica, a defesa da floresta tropical, a luta pela sobrevivência dos grupos nativos foram incluídos como temas. Destacam-se hoje os Tuxauas (chefes indígenas), cujas fantasias são pequenas alegorias; as Tribos, grupos coreografados de jovens brincantes com variado e colorido figurino; a Cunhã Poranga (moça bonita em Tupi) e o Pajé, exímios bailarinos.