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Na catedral, filarmônica executa toadas de Garantido e Caprichoso

01/10/2007, Jornal A Crítica

A ilha tupinambarana recebe autoridades e artistas em uma grande festa que vai marcar a entrega oficial do abaixo-assinado da campanha ‘O Boi Bumbá de Parintins é Patrimônio Cultural Brasileiro. Assine essa idéia’ para membros do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN. O documento é um  instrumento legal para que o Amazonas pleiteie a posição para os bois-bumbás junto ao órgão federal. A cota esperada de 10 mil assinaturas já foi atingida.

A solenidade para a entrega oficial do abaixo-assinado realizado 40 dias de campanha está marcada para começar às 18h, na praça da Catedral, em Parintins.  A participação confirmada dos bumbás Garantido e Caprichoso, além de apresentações de todos os bois-mirins, do boi de caixa da Comunidade do Laguinho, do Boi Arretadinha da Valéria e do boi bumbá Campineiro prometem esquentar a noite tupinambarana.

Outra apresentação muito aguardada para o dia será o da Amazonas Filarmônica, que promete surpreender com seu toque clássico a conhecidas toadas. Segundo o maestro Marcelo de Jesus, as versões foram especialmente feitas para o evento e incluem os sucessos ‘Vermelho’, ‘Lamento da Roça’, ‘Canto da Yara’, entre outras. “Vamos ter intérpretes dos dois bois juntos cantando com a gente. Vai ser único e muito diferente do que fazemos. Apesar do toque erudito, acredito que vai haver muita gente dançando e cantando conosco e é essa nossa intenção”, ressaltou Marcelo de Jesus.

De acordo com o gerente do Departamento Imaterial de Cultura órgão vinculado à SEC, Cristian Ávila, este é apenas o primeiro passo para que os as tradições culturais de Parintins possam se tornar patrimônio da cultura nacional. “Ao contrário do que todos possam estar pensando, este não é o fim da nossa campanha. Agora, com a entrega do abaixo-assinado ao IPHAN, será instaurado um delicado e amplo processo de pesquisa para que seja realmente verificada e atestada a importância cultural dos bumbás, feita por musicólogos, historiadores, antropólogos e artistas ligados à área selecionados pelo próprio órgão”, explicou Cristian Ávila.