Garantido abre o 43º Festival Folclórico
27/06/2008, Diário do Amazonas
O boi Garantido abre hoje a primeira noite do 43º Festival Folclórico de Parintins (a 369 quilômetros a leste de Manaus), defendendo como tema principal ‘Garantido, o Boi da Preservação’. Completados dez anos, em 2008, de um passeio por temas em defesa dos povos da floresta, da Amazônia e do planeta Terra, o bumbá vem radicalizando o discurso numa declaração de amor ao meio ambiente.
“Queremos realmente firmar posição sobre a conservação do planeta. A perpetuação da própria raça humana depende do cuidado que nós vamos ter com ele. Viemos alegoricamente bonitos, plasticamente bem acabados e tentando passar a mensagem de que nós, enquanto amazônidas, devemos lutar pela preservação da Amazônia e, por conseguinte, do planeta Terra”, disse o presidente do bumbá encarnado, Vicente Matos.
O foco na Amazônia teve início em 1999, quando o Garantido trouxe o tema ‘Mito, Cultura e Arte’, e, ao falar da região Amazônica, mostrou que o cuidado com a floresta e o assalto às terras indígenas não deveriam ser uma preocupação apenas do povo amazônida, mas do Brasil como um todo.
“Não é um discurso meramente político, é um discurso onde nós sentimos essa questão e, a partir disso, também temos que fazer outras pessoas sentirem esse problema da Amazônia. Então, mais do que nunca temos que cantar a Amazônia”, disse o coordenador da Comissão e Artes, Fred Góes.
Na primeira noite, que tem como subtema ‘Amazônia, Sinfonia Divina’, o boi da Baixa do São José traz a mitologia Ianomâmi para alertar sobre o risco do garimpo em terras indígenas. O Ritual ‘Xawára’, do artista plástico Junior de Souza, que está desde 1995 no boi, mostra a invasão do homem branco às terras Ianomâmi em busca de ouro, chamado de ‘ouro canibal’, despertando assim um grande mal, que são as doenças e epidemias.
“Os ianomâmi estavam adoecendo por causa do Xawará que, para eles, é um ritual no qual invocam Omana, o ser supremo deles, para que aplaque a fúria de Xawará. Quando você mexe na terra libera esse mostro devorador”, explica Fred Góes.
A grandiosidade da alegoria ritualística deverá ser um dos pontos altos da apresentação do boi encarnado. São 40 metros de largura por 20 metros de comprimento, num total de 800 metros quadrados de estrutura. Ela traz 14 módulos com mais de 50 movimentos. Junior de Souza também é o responsável pela Lenda ‘Anhangá’, que será mostrada numa alegoria com 600 metros quadrados e abrirá o espetáculo.
Outro destaque dessa noite será a Celebração Folclórica ‘Folguedo’. A alegoria terá dois perfis e vai se transformar na Figura Típica ‘Mateiro’. “A alegoria é muito o universo folclórico, muitas fitas, bumba-meu-boi, a vaqueirada, o bailado corrido, é a raiz do boi-bumbá Garantido mesclando com esse universo que veio do Maranhão”, afirmou Zilkson Reis, autor da obra.
Há dois anos no Garantido, o parintinense Zilkson é desde 2005 o carnavalesco da escola de samba paulista Mocidade Alegre, campeã no ano passado com o samba-enredo ‘Riso’.
A alegoria mista terá 32 metros de largura, por 26 de fundo, e chegará a 15 metros de altura. Vários itens deverão surgir nesse momento do espetáculo, que resgata as raízes de um povo, dentro da temática da preservação. “Ela traz o cotidiano folclórico e logo depois o cotidiano caboclo”, acrescentou.
Segundo lugar no Festival em 2007, a coordenação do Garantido afirma que superou os erros cometidos, como problemas financeiros que levaram o boi a estourar o orçamento, prejudicando alguns itens. “Esse ano, o momento é diferente, nós nos planejamos, e conseguimos concluir o boi com tranqüilidade. O boi está muito bonito, nós trabalhamos para ser campeões, e quando se trabalha para ser campeão, é muito difícil mudar o curso”, afirmou Fred Góes.
“Queremos realmente firmar posição sobre a conservação do planeta. A perpetuação da própria raça humana depende do cuidado que nós vamos ter com ele. Viemos alegoricamente bonitos, plasticamente bem acabados e tentando passar a mensagem de que nós, enquanto amazônidas, devemos lutar pela preservação da Amazônia e, por conseguinte, do planeta Terra”, disse o presidente do bumbá encarnado, Vicente Matos.
O foco na Amazônia teve início em 1999, quando o Garantido trouxe o tema ‘Mito, Cultura e Arte’, e, ao falar da região Amazônica, mostrou que o cuidado com a floresta e o assalto às terras indígenas não deveriam ser uma preocupação apenas do povo amazônida, mas do Brasil como um todo.
“Não é um discurso meramente político, é um discurso onde nós sentimos essa questão e, a partir disso, também temos que fazer outras pessoas sentirem esse problema da Amazônia. Então, mais do que nunca temos que cantar a Amazônia”, disse o coordenador da Comissão e Artes, Fred Góes.
Na primeira noite, que tem como subtema ‘Amazônia, Sinfonia Divina’, o boi da Baixa do São José traz a mitologia Ianomâmi para alertar sobre o risco do garimpo em terras indígenas. O Ritual ‘Xawára’, do artista plástico Junior de Souza, que está desde 1995 no boi, mostra a invasão do homem branco às terras Ianomâmi em busca de ouro, chamado de ‘ouro canibal’, despertando assim um grande mal, que são as doenças e epidemias.
“Os ianomâmi estavam adoecendo por causa do Xawará que, para eles, é um ritual no qual invocam Omana, o ser supremo deles, para que aplaque a fúria de Xawará. Quando você mexe na terra libera esse mostro devorador”, explica Fred Góes.
A grandiosidade da alegoria ritualística deverá ser um dos pontos altos da apresentação do boi encarnado. São 40 metros de largura por 20 metros de comprimento, num total de 800 metros quadrados de estrutura. Ela traz 14 módulos com mais de 50 movimentos. Junior de Souza também é o responsável pela Lenda ‘Anhangá’, que será mostrada numa alegoria com 600 metros quadrados e abrirá o espetáculo.
Outro destaque dessa noite será a Celebração Folclórica ‘Folguedo’. A alegoria terá dois perfis e vai se transformar na Figura Típica ‘Mateiro’. “A alegoria é muito o universo folclórico, muitas fitas, bumba-meu-boi, a vaqueirada, o bailado corrido, é a raiz do boi-bumbá Garantido mesclando com esse universo que veio do Maranhão”, afirmou Zilkson Reis, autor da obra.
Há dois anos no Garantido, o parintinense Zilkson é desde 2005 o carnavalesco da escola de samba paulista Mocidade Alegre, campeã no ano passado com o samba-enredo ‘Riso’.
A alegoria mista terá 32 metros de largura, por 26 de fundo, e chegará a 15 metros de altura. Vários itens deverão surgir nesse momento do espetáculo, que resgata as raízes de um povo, dentro da temática da preservação. “Ela traz o cotidiano folclórico e logo depois o cotidiano caboclo”, acrescentou.
Segundo lugar no Festival em 2007, a coordenação do Garantido afirma que superou os erros cometidos, como problemas financeiros que levaram o boi a estourar o orçamento, prejudicando alguns itens. “Esse ano, o momento é diferente, nós nos planejamos, e conseguimos concluir o boi com tranqüilidade. O boi está muito bonito, nós trabalhamos para ser campeões, e quando se trabalha para ser campeão, é muito difícil mudar o curso”, afirmou Fred Góes.
