A Assessoria de Imprensa do Boi Bumbá Caprichoso divulgou a nova formação de seu Conselho de Arte. Para a surpresa de muitos e desconforto de outros, Rossy Amoedo (foto) e Karu Carvalho estão fora do Conselho e da criação do projeto “
Parintins, onde o verde encontra o azul”, tema do boi para a busca do tricampeonato em 2009.
A torcida azulada teme que seu principal artista de renome internacional possa assinar algum contrato com o boi contrário. Neste caso, Garantido, que não perdeu em alegorias no ano de 2008 sairia fortalecido na batalha alegórica entre os dois bumbas, caso aproveitasse a oportunidade para contratá-lo, pois teria dois grandes artistas de ponta: Rossy Amoedo e Júnior de Sousa, ambos responsáveis pelas maiores escolas de samba no Rio de Janeiro, respectivamente, Beija Flor e Salgueiro, atuais bicampeã e vice do carnaval carioca.
Em entrevista concedida à nossa sucursal no Rio de Janeiro, Rossy fala a respeito desta triste notícia que trás medo e insegurança aos torcedores do caprichoso.
“Estou super tranqüilo quanto as decisões tomada pela atual administração do Caprichoso. Independente de qualquer decisão continuarei amando meu boi e dando tudo de mim para alegrar a nossa maravilhosa nação azul. Tudo isso passa... vou estar sempre ajudando meu boi da maneira que for possível, tanto nos momentos ruins como nos bons momentos. Nunca abandonei meu boi e não vai ser agora por motivos externos e interesse de uma minoria que isso vai acontecer. Quem conhece meu trabalho e a seriedade com que o administro sabe das verdadeiras razões pela qual decidi pelo meu afastamento do Conselho. Friso, “eu decidi!” Por razões particulares. Não é por meus compromissos e viagens a trabalho em outros eventos que isso aconteceu e optei desta forma.” E para acalmar a grande nação azul, Rossy afirma e desabafa: “Nunca fui para o Garantido, mesmo tendo recebido grandes propostas praticamente irrecusáveis. Ao contrário de outras pessoas que sempre vestiram a camisa azul. E quando o boi mais precisava deram as costas e foram para o “contrário”. Enquanto isso eu estava lá... permanecia no Caprichoso, briguei, fiz de tudo... mas eu era só... e quando nosso boi perdia, se arrasava financeiramente, eu também me arrasava junto. Nunca foi diferente comigo. O boi também é palco do meu trabalho. Evidentemente a situação hoje é um pouco diferente, minha equipe tem nome e é muito qualificada, razão pela qual somos contratados para realizarmos grandes eventos em várias regiões. Mas nada disso vai mudar meu amor pelo Caprichoso. Lembro-me de quando eu entrei para o boi...tinha apenas 14 anos, hoje tenho 30, e nunca migrei para o contrário apesar de todo assédio.”
Perguntamos como ele estava se sentindo com relação a isso tudo e ele nos respondeu: “Não vou negar que essa notícia e a forma como foi divulgada não tenha me deixado triste. Gostaria que a mesma imprensa que a divulgou pudesse se retratar dizendo que “não fui expulso do boi”, pois a forma como ela chegou ao conhecimento popular fez com que muitos pensassem que realmente foi isso que aconteceu. Isso era para ser um assunto interno do boi e não para ser comentado da maneira como foi feita.”