Diretoria impede leilão de curral
16/01/2009, Jornal A Crítica
Jonas Santos
Da equipe de A CRÍTICA
PARINTINS, AM (SUCURSAL) – A diretoria do boi Garantido evitou, ontem, que o antigo curral do boi na Baixa do São José fosse a leilão em audiência presidida pela 1ª Vara do Trabalho de Parintins. O anúncio foi feito pelo presidente do boi, Vicente de Matos. O pregão tinha a finalidade de quitar dívidas trabalhistas da Associação Folclórica com ex-artistas do bumbá. O débito era equivalente a R$ 50 mil.
“Contornamos a situação efetuando o pagamento da dívida. O curral é um símbolo da cultura e das tradições do boi e tem grande importância para a nossa história”, disse o presidente. O antigo curral abrigava a casa do fundador do Garantido, Lindolfo Monteverde, e era o local de ensaios e festas do “boi do povão”.
O curralzinho foi penhorado pela Justiça do Trabalho em favor do pagamento de indenização de Cleide Reis, Adelmo Jacaúna e Ednaldo Simões. A agremiação folclórica foi julgada à revelia (caso em que o réu não contesta a ação ou não comparece à audiência). O preposto do boi era o diretor-secretário da agremiação folclórica Marcos Vila Real que, de acordo com a Secretaria da Junta, não compareceu à maioria das audiências marcadas, num total de 19.
Além do antigo curral, a Justiça do Trabalho determinou leilão, em data a ser marcada, para a venda do terreno da Cibrazem e outros bens patrimoniais do Garantido, como computadores, minicentrais de ar-condicionado e televisores, com o objetivo de quitar outras reclamações trabalhistas. Nestes processos o boi também foi condenado à revelia. O débito soma mais de R$ 150 mil.