Crise não chegou
24/06/2009, Jornal A Crítica
Leandro Prazeres
Da equipe de A CRÍTICA
A crise econômica mundial passou longe dos bois Caprichoso e Garantido em 2009, pelo menos no que se refere a arrecadação. Juntos, os dois bois devem receber R$ 11,6 milhões em patrocínios, enquanto ano passado, foram R$ 11 milhões, o que representa um aumento de 5% em relação a 2008.
Apesar de parecer pouco, o crescimento de receita dos bois é motivo para comemorar. No mundo inteiro, inclusive no Brasil, a Cultura foi um dos segmentos mais afetados pelo corte dos orçamentos das grandes empresas patrocinadoras.
O presidente do Caprichoso, Carmona Oliveira, diz que a crise não chegou a afetar o orçamento do boi porque os antigos parceiros do festival mantiveram seus compromissos. Entretanto, o momento conturbado da economia reduziu a velocidade com que o dinheiro chegou aos cofres azuis e brancos. “Em vez de depositarem tudo de uma vez, parcelaram. Isso atrapalhou um pouco o nosso planejamento”, diz Carmona Filho.
O presidente do Garantido,Vicente Matos, complementa afirmando que o principal impacto da crise ocorreu na compra de matéria-prima.“O poliuretano (tipo de plástico usado em alegorias) é cotado em dólar e o preço disparou,mas em compensação,
como o preço do aço caiu, e nós usamos muito aço, as coisas acabaram se equiparando”, disse.
A expectativa dos presidentes dos bumbás, para 2010, é de que o volume de recursos arrecadados pelos bois aumente ou se mantenha no mesmo nível.