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Futuro do Garantido é incerto

17/09/2002, Peta Cid, direto de Parintins

O futuro do boi Garantido poderá ser escandaloso. Essa previsão sinistra é do presidente da Associação Folclórica, José Walmir de Lima, que se vê em meio a processos judiciais e dívidas trabalhistas, enquanto aguarda que a Justiça de Parintins se pronuncie sobre a legalidade da eleição que o conduziu à direção do vermelho e branco. O ex-presidente, Antonio Andrade, entrou com ação na Justiça pedindo a anulação do pleito, porém ainda não houve decisão por parte dos juízes da Comarca de Parintins.

José Walmir, presidente do Garantido'Acabo de receber um comunicado de Manaus de que a Justiça bloqueou o contratro do boi com a TV A Crítica para o pagamento de compositores', anunciou Walmir ao receber a notificação de que R$ 99 mil deduzidos do valor contratual com a emissora que detém os direios de transmissão do Festival Folclórico de Parintins, serão repassados por decisão judicial aos compositores de toadas. Segundo o presidente, os compositores não recebem o pagamento dos direitos autorais desde o ano passado e decidiram apelar judicialmente.

A diretoria do Garantido também foi interpelada pela Justiça do Trabalho em nove processos de artistas e prestadores de serviços que totalizam R$ 69 mil em dívidas trabalhistas. Walmir nomeou o advogado Paulo Eduardo para defender os interesses da Associação Folclórica na Junta de Conciliação e Julgamento de Parintins.

'Vejo a situação com muita preocupação e admito que o futuro do boi pode ser escandaloso', afirmou o presidente diante de ameças por parte de sócios do grupo de apoio ao ex-presidente, Antonio Andrade, que estariam articulando uma forma de assumir a direção do boi, tendo como respaldo os atos e editais baixados por Andrade no último dia de sua administração.

'São delírios de pessoas que deveriam estar pedindo desculpas aos torcedores do Garantido por esses devaneios', assinalou. ' Se essas ameaças persistirem, vai haver prisões porque serei obrigado a acionar a polícia e o Ministério Público', alertou.

Sócios querem Assembléia

Sócios do boi Garantido liderados por Ediberto Anselmo, Alexandre Costa e Raimundo Mendes Leal, estão reivindicando a realização de uma Assembléia Geral Extraordinária no dia 29 de setembro, na Cidade Garantido, para decidir sobre a situação jurídico-administrativa do bumbá que, segundo eles, coloca em risco as atividades para o Festival Folclórico de 2003. Eles encaminharam à imprensa um documento esclarecendo que o pedido de Assembléia é feito com base no artigo 17 do Estatuto Social da Associação, estando no exercício regular de seus direitos estatutários.

'Sabemos que o Garantido está sub judice e nós tomamos decisão para tentar resolver esse problema no boi que está vergonhoso. Não somos contra o José Walmir e nem a favor de Antonio Andrade. O que está e jogo é o boi Garantido, que pode ficar comprometido para o próximo Festival', decalrou Ediberto, conhecido por Betinho.

Para assegurar a realização da Assembléia, o grupo vai colher 383 assinaturas de sócios, número exigido para a convocação. Embora o grupo afirme que não está favorável a nenhuma facção, os três sócios que estão à frente do Movimento faziam campanha para o ex-presidente Antônio Andrade.

A pauta proposta para discussão na Assembléia é a seguinte:
  1. Reconhecer a situação de litígio judicial que põe sub júdice a eleição da diretoria para o biênio 2002/2004;
  2. Considerar vagos os cargos de presidente, vice-presidente e demais membros da diretoria da Associação nos termos estatutários;
  3. Eleger uma comissão provisória para administrar a Associação até que sejam definidas as pendências judiciais existentes sobre as eleições e eleita a nova diretoria
O atual presidente do Garantido, José Walmir, deverá se posicionar sobre a articulação dos sócios para a realização da Assembléia.