Ao participar da sessão ordinária da Câmara Municipal de Parintins, realizada no final da tarde desta terça-feira (18), o vereador José Walmir, eleito presidente do Boi Garantido, anunciou a realização de uma Assembléia Geral no dia 29, para relatar aos sócios a situação constrangedora que se encontra o bumbá.

Durante dez minutos de discurso, ele se ateve a abordar a situação calamitosa e dramática em que se encontra a Associação Folclórica.
Segundo o presidente, a dívida do boi já ultrapassou R$ 3 milhões, incluindo bens penhorados, débitos com fornecedores, trabalhadores, CEAM, Telemar e mais de trinta ações na Justiça do Trabalho.
Ele apresentou aos vereadores uma relação de credores do boi e as cobranças que estão chegando com valores acima da dívida escriturada pela extinta diretoria.
O vereador também comunicou a decisão da Justiça de Manaus de bloquear R$ 99 mil do valor contratual com a TV A Crítica para pagamento dos compositores que estavam há dois anos sem receber os direitos autorais das toadas executadas nos Cds oficiais. Ele chegou a declarar na Tribuna que o Garantido está agonizando por irresponsabilidade e falta de zelo dos ex-diretores.
O bumbá deve R$ 40 mil só de tarifas de energia elétrica para a CEAM. As linhas telefônicas da Cidade Garantido foram canceladas e o boi não tem recursos para resolver a situação de imediato.
Ele falou também que o ex-presidente Antonio Andrade deixou o Garantido com mais de cinqüenta cheques sem fundos nas praças de Parintins e Manaus.
Walmir disse que estava fazendo o relato na Câmara para que as autoridades tomem conhecimento dos problemas que terá que enfrentar para tirar o Garantido da crise sem precedentes na sua história.