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Garantido em pé de guerra

29/09/2002, Peta Cid, direto de Parintins

Tumulto, revolta, agressões físicas e muito bate boca marcaram o domingo na Cidade Garantido, onde deveria ter sido realizada Assembléia Geral Extraordinária dos sócios, convocada pela diretoria presidida por José Walmir de Lima. A Assembléia foi suspensa pela promotora de justiça, Cristiane Corrêa, por falta de segurança.

A diretoria havia publicado Edital convocando Assembléia para apresentar aos sócios, a real situação econômica e financeira da Associação Folclórica, deixada pelo ex-presidente do Garantido, Antonio Andrade. O boi acumula um débito da diretoria passada que contabiliza mais de R$ 3 milhões, segundo anúncio do presidente Walmir.

A tensão tomou conta da Cidade Garantido porque mais de 30 sócios do bumbá que apoiaram na eleição do boi o ex-presidente, publicaram um Edital solicitando uma Assembléia para discutir o que eles consideravam de vacância nos cargos de presidente, vice-presidente e demais membros da diretoria, por apontar irregularidades no pleito.

Walmir foi eleito presidente no dia 25 de agosto, com 586 votos contra 48 do ex-presidente. O Estatuto do Boi prevê que os filiados podem convocar uma Assembléia Geral, mediante assinatura de dois quintos do quadro social, equivalente a mais de 400 sócios.

Na sexta-feira, dia 27, no final da tarde, um despacho do juiz de direito da 2ª Vara, Mauro Moraes Antony, confirmava no cargo de presidente do boi, o vereador José Walmir de Lima. O ex-presidente, Antonio Andrade havia solicitado que a eleição do dia 25 de agosto fosse anulada. O pedido foi negado pela justiça. A decisão judicial confirmava os poderes do atual presidente e da sua diretoria para convocar assembléia geral.

No domingo, antes do horário previsto para a Assembléia, o ex-presidente Andrade e um grupo de apoio queriam instalar a Assembléia convocada por eles, considerada como paralela. O Comandante da Polícia Militar, Comandante Fábio Pacheco, coordenava a operação de segurança com um efetivo de 14 policiais, que depois impediram por determinação da promotora Cristiane Corrêa, a entrada de sócios e da imprensa, para acompanhar as negociações com Antonio Andrade e o presidente José Walmir.

Os portões foram fechados com cadeados e do lado de fora mais de cem sócios aguardavam a decisão. Uma hora depois, a promotora pessoalmente, subiu no capô do carro da polícia, para comunicar que a Assembléia estava suspensa, alegando que não havia segurança para manter a ordem e a tranqüilidade da reunião. A decisão gerou protestos, gritos e revolta de centenas de sócios que interditavam a estrada Odovaldo Novo.

A medida acirrou ainda mais os ânimos dos grupos que ficaram em pé de guerra. O diretor jurídico do Boi Garantido, Vander Góes, anunciou que o bumbá deve entrar com uma representação contra a promotora Cristiane, na Procuradoria de Justiça do Estado, por abuso de poder. 'Os ânimos estão muito acirrados e vocês que estão acompanhando desde cedo estão testemunhando que não a menor condição de haver reunião aqui hoje. A decisão de suspender foi por falta de segurança' disse Cristiane em coletiva à imprensa. Ela deixou claro que não avaliou os documentos de convocação das assembléias apresentados por ambas as partes.

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