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Arte e tecnologia se unem para a criação do CD e DVD ‘Tradição’, do Boi Garantido

28/01/2012, Assessoria de Imprensa do Garantido

CD e DVD “Tradição”, do Boi-bumbá Garantido, será gravado ao vivo neste sábado (28), no Bumbódromo de Parintins (distante 325 quilômetros de Manaus). Para o evento, uma mega-estrutura foi montada. A qualidade de som e imagem será assegurada pelo uso de equipamentos de ponta. Mas, para um bom resultado final a técnica precisa estar aliada a qualidade artística.


Segundo os diretores e artistas do bumbá, a gravação será um grande espetáculo e passa a integrar o calendário festivo de Parintins. Cerca de 800 pessoas distribuídas em tribos coreografadas – compostas por integrantes de vários municípios da Amazônia –, galera, batucada e itens individuais participarão do evento diretamente.

Alguns ingressos para o público ainda estão à venda. A entrada para área VIP custa R$10, os camarotes e cadeiras estão esgotados. Mas, quem for sócio do boi pode conferir a festa gratuitamente na arquibancada de turista. Quem não conseguir comprar ingressos, ou preferir a animação da torcida, pode assistir ao show nas arquibancadas gerais dos dois lados do Bumbódromo, gratuitamente. 

O acesso para o público será liberado às 18h e o evento deve começar às 21h30, após o sorteio de uma motocicleta.

Muita gente conhece e gosta do festival. Mas, nunca pisou na arena durante uma apresentação. Essa também será uma oportunidade para essas pessoas, que podem ficar na Área VIP dentro da arena”, disse Armando do Vale, membro da direção do Garantido.

As surpresas

Mesmo sendo realizada no Bumbódromo, a gravação não seguirá os moldes das apresentações do festival. O espetáculo foi montado com formato de show. Mas, os principais ingredientes que marcam as disputas de Caprichoso e Garantido estarão presentes.  Tribos coreografadas e a empolgação da torcida devem marcar o evento.

Uma coisa é você ouvir um disco associado com a imagem e outra é ouvir só o disco. Nós estamos com muita propriedade e muito afinco. Vamos fazer uma coisa diferente. A comissão de arte projetou o ponto alto: a coreografia e a cenografia. Nós teremos esse casamento justo e perfeito para esse DVD”, disse Fred Góes, responsável pela coordenação artística geral e direção musical.

De acordo com o teatrólogo e membro da Comissão de arte Chico Cardoso a gravação do DVD foi montada com base no enredo que será desenvolvido nos dias de disputa, mas ainda há “cartas na manga” que só serão reveladas durante o festival. “Essa gravação é na verdade uma espécie de embrião, ou laboratório, do festival que será desenvolvido em junho. Muitas surpresas ainda estão guardadas”,disse

Ao todo, serão registradas pelas câmeras da TV A Crítica 22 toadas. Duas delas são faixas bônus  já conhecidas do grande público: “Vermelho”, de Chico da Silva, e “Lamento de Raça”, de Emerson Maia.

Além do levantador Sebastião Jr – que vai dançar e cantar –, Israel Paulain, Tony Medeiros e Márcia Siqueira fazem apresentações solo.

Concepção

A linha conceitual que norteia o espetáculo é baseada na proposta de um verdadeiro passeio por signos da cultura popular amazônica. “Teremos três momentos principais: o tribal, o folclórico e o caboclo. Os momentos altos que devem emocionar serão durante as toadas ‘Ameríndia’ e ‘Romeiro de fé’. Buscamos dançarinos de vários municípios para coroar um trabalho de integração que iniciou em 2006. Teremos grupos de dança de Santarém trazendo parte do gestual do Sairé, de Maués encenando a lenda do guaraná. Cada grupo terá três indumentárias, com trocas durante o espetáculo”, conta Cardoso.

Os 250 dançarinos são dos municípios de Juruti e Santarém, no Pará, e ainda Maués, Parintins, Santarém e Manaus, no Amazonas. “Foi um grande desafio. Os ensaios foram feitos com eles nas suas cidades e unimos tudo nos ensaios em Parintins, uma semana antes da gravação”, revela Chico.

Preparativos

As fantasias que serão usadas foram confeccionadas nas últimas semanas. “Estamos trabalhando em ritmo de festival desde o último dia 3 de janeiro. Nada foi reaproveitado. É bom, pois é mais uma renda que entra. Mas, não tem pagamento maior que ver a roupa que a gente fez na arena, fico emocionada sempre”, revela a costureira Edna Matos, que trabalha há cerca de 10 anos no Garantido e é batuqueira e há 31 anos foi porta-bandeira e índia nas antigas apresentações.


Foto: Juca Queiroz