Com um público estimado em 50 mil pessoas lotando os setores do Centro de Convenções – Sambódromo, a Fundação Municipal de Eventos e Turismo (Manaustur) encerra, neste domingo (21), a programação do Boi Manaus celebrando os 343 anos da capital do Amazonas.
Dentre as dez atrações que foram selecionadas para encerrar o evento, destaca-se as figuras de Julieta Câmara, em seu primeiro ano no rol dos artistas e Arlindo Junior, ex-levantador e ex-apresentador do Boi-bumbá Caprichoso.
A artista estreante no Boi Manaus mostrava-se confiante no sucesso e carinho do público antes mesmo de subir ‘oficialmente’ ao trio e iniciou sua apresentação com a toada “Amazônia Quaternária”, de Ronaldo Barbosa.
Vereador reeleito em Manaus, Arlindo Junior apontou a falta de mídia, o fato de ser o último ano de governo de Amazonino Mendes e o período eleitoral como causas que prejudicaram o evento. “Espero que a partir de 2013 a gente possa fazer um evento cada vez melhor, pois as pessoas que estão aqui gostam de boi e merecem que trabalhemos nisso”, ressaltou.
O movimento fraco também foi observado pelo assistente de logística, Márcio Ataíde, que ao comparar o evento com o do ano anterior ressaltou a falta de ornamentação no local. “A impressão que dá é que se o evento tem que acontecer, eles colocam de qualquer maneira. A única decoração que foi colocada esse ano foi o portal que, por sinal, parecia o carro abre-alas da Alvorada (Escola de Samba)”, comparou.
Alheia aos detalhes técnicos, a doméstica e torcedora do Caprichoso Luciene Silva levou familiares e amigos para curtirem as três noites de festa e destacou como melhor apresentação a do artista Israel Paulain junto com a Batucada, realizada na segunda noite do evento.
Vendas
Ambulantes que foram credenciados a trabalhar na área interna do Sambódromo queixaram-se da falta de divulgação da festa e da organização do evento.
Vendedor de pipocas, Aleson Leandro diz que suas vendas foram melhores nos dois primeiros dias. Já o dono de uma barraca de comidas, Helander Silva, mostrou-se indignado com a distribuição dos pontos de vendas no local e, segundo ele, ter ficado atrás de um telão e de um carro de comunicação acarretou em prejuízos nos três dias. “Eu pago R$ 1.500 para colocar uma barraca aqui dentro e acontece isso. Fora que no primeiro dia, tive que fechar às 23h porque estava vazio”, disse.
Segurança
O movimento tranquilo nos três dias de evento contribuiu para que os amantes do boi-bumbá pudessem levar toda a família para o Sambódromo.
Segundo o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), houve apenas uma ocorrência até o início da terceira noite no Boi Manaus.
Além da Polícia Militar, a Rocam e a Guarda Municipal também fizeram o trabalho de segurança no local.