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Pelo alto, Caprichoso encanta a galera e sai confiante no "1 a 0"

29/06/2013, Diário do Amazonas

Boi Caprichoso fechou a primeira noite do 48o Festival Folclórico de Parintins em alto estilo e comemorando uma bela apresentação. Para a diretoria do Touro Negro, houve uma clara vantagem em relação ao Garantido.

Confiante no “1 a 0” para o Caprichoso, a presidente Márcia Baranda comemorou o resultado da primeira noite de apresentação do 48° Festival Folclórico de Parintins. Segundo ela, a sensação é de dever cumprido.



“Avalio de forma muito positiva essa primeira noite, pois conseguimos colocar na arena tudo aquilo que projetamos durante meses. Acredito que o destaque que demos à história de Roque Cid, largando o Nordeste foi emocionante”, salientou a presidente.

Mesmo com bastante confiança e admitindo que seu coração ficou a mil a cada passo que o boi Caprichoso dava na arena, a presidente admitiu que só ficará tranquila quando ela levar o bicampeonato no dia 1 de julho, quando sai o resultado do embate entre o azul e o vermelho.

A apresentação

Após a exibição de um vídeo que emocionou a  galera azul e branca, o primeiro item a entrar na arena foi Júnior Paulain, que fez as 'honras da casa' para David Assayag, que soltou a voz na bela toada 'Sensibilidade', que faz parte do CD oficial do ano passado e foi uma das mais marcantes canções de 2012, quando o Touro Negro foi campeão.

Diferente do Garantido, o Caprichoso abusou do guindaste para trazer seus itens. O levantador de toadas David Assayag, a porta estandarte Rayssa Tupinambá e a sinhazinha da fazenda Thainá Valente  entraram pendurados de uma altura de mais de 25 metros, além de Maria Azêdo, cunhã-poranga, e Waldir Santana, o pajé, que também vieram do alto para encantar a galera.

O Caprichoso tem como maior influência na primeira noite a cultura nordestina. Isso foi visível na indumentária da vaqueirada, que lembra os cavalos usados na festa do bumba meu boi. Outra caracteristica nordestina emprestada pelo boi na arena foi a presença de uma espécie de alas de baianas e Filhos de Ghandi, alem de um grupo de capoeiristas

A presidente do bumbá, Márcia Baranda, quebrou o protocolo e entrou na arena de mãos dadas com descedentes de Roque Cid e testemunhas da brincadeira do boi feita pelo cearense, dentre eles Benedito Trindade, de 100 anos, e que viu o criador do Caprichoso festejar nas ruas. Sérgio Cid, de apenas 10 anos, tocou tambor e fez companhia com outros parentes diretor do fundador do Caprichoso, como sua nora, Dona Julita Cid e os netos Nelcina e Adnelson Cid.

O amo do boi, Edilson Santana, nao deixou de cutucar o contrario, ao insinuar, em um de seus versos, que o fundador do garantido teve o melhor 'professor' da arte de versar, que foi Roque Cid.

No meio de sua apresentação, o Caprichoso desceu pelo meio da galera, empolgando a todos. Ele ainda passou pelo camarote do governador Omar Aziz.

Na terceira alegoria montada na arena, "O Encanto do Boto", de Rossy Amoedo, veio a Rainha do Folclore, Brenna Dianná, representando a mulher que caiu nos encantos do boto. Enquanto isso, a galera segurava vários botos que iam "nadando" no meio da multidão. Brenna desceu de um boto cor de rosa que ficava girando no ar, enquanto Júnior Paulain trocou de roupa e se vestiu todo de branco, simbolizando o boto. Como trilha sonora do momento, o Caprichoso escolheu a toada de desafio "Se Manque, Contrário".

A cunhã-poranga, assim como todos os outros itens do Caprichoso, chegou na arena suspensa por cabos, em uma alegoria que remonta a lenda da rainha das Ycamiabas - que em tupi significa "mulher guerreira". Em seguida, Maria Azedo abriu espaço aos tuxauas, item 14, que representam os chefes tribais.

Enquanto a alegoria Yurimã era montada na arena, a galera do Caprichoso formou uma grande bandeira do Brasil na arquibancada. A alegoria, do artista Teco Mendes, conta a história do povo antigo extinto, que habitava a regiao do Alto Solimões.

A alegoria encerrou a apresentação do Caprichoso em alto estilo, mas precisou ser retirada rapidamente por conta do tempo curto para esgotar o prazo de duas horas e meia de show na arena. Enquanto a alegoria era retirada, Waldir Santana, que foi o protagonista deste momento, fez sua evolução em solo.

Outro item que se destacou bastante nas duas horas e meia de apresentação foi Júnior Paulain, que trocou de figurino três vezes, de acordo com o tema que era abordado nas alegorias