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Parintins (AM) - O coração voltou a brilhar mais forte no Bumbódromo. Na apuração realizada nesta segunda-feira (30), o Boi-Bumbá Garantido foi consagrado vencedor da 58ª edição do Festival Folclórico de Parintins, encerrando um jejum de cinco anos sem título. A vitória veio com as seguintes pontuações:

Apuração

Com o término da leitura da primeira noite de notas do 58° Festical Folclórico de Parintins, o boi Garantido ficou com 419.8 pontos e o Caprichoso com 419.6, vencendo a primeira noita. A leitura das notas aconteceu dentro do Bumbodromo na cidade parintinense na tarde desta segunda-feira (30). Nenhum boi foi impugnado e terminaram as apresentações dentro do tempo estipulado em regulamento.

Após a leitura do desempenho dos bumbás na segunda noite, o boi Garantido seguiu na frente na leitura das notas do 58° Festival Folclórico de Parintins com 419.5 e o boi Caprichoso com 419.3. O presidente do boi Caprichoso, Rossy Amoedo, deixou a sala de leitura sob protesto às notas atribuídas ao bloco A - Comum/Musical. A apuração continuou normalmente sem a presença de representantes do boi Caprichoso.

Na arena

Com o tema “Boi do Povo, Boi do Povão”, o Garantido reafirmou sua identidade popular e mergulhou em um espetáculo emocional e tecnicamente potente ao longo das três noites. Do impacto visual da Tapyra’yawara com olhos cintilantes, na estreia, até o encerramento com a emocionante despedida de Piçanã e o ritual Basese, o boi encarnado construiu uma narrativa que mesclou tradição, ancestralidade e inovação.

Na primeira noite, o boi da Baixa exaltou os povos da floresta com uma performance marcada por homenagens a nomes como Eunice Paiva e Inaldo Medeiros. A criação do Manto Sagrado Tupinambá na arena, pela presença de Jamopoty Tupinambá, reforçou o compromisso com os povos originários.

No sábado (28), a noite foi marcada pelo subtema “Patrimônio do Brasil”, exaltando manifestações culturais de norte a sul do país e emocionando com o aroma de tacacá na arena. O boi se fez presente em alegorias grandiosas, com destaque para a estreia firme da Porta-Estandarte Jeveny Mendonça e para a interpretação simbólica de “Xamã Basese”, conduzida pelo Pajé Adriano Paketá.

Na despedida, o Garantido apostou na memória afetiva, na ancestralidade e em sua essência popular. A toada “Vermelho”, na voz de David Assayag, e a performance emocionante da Rainha do Folclore Lívia Christina, que “virou peixe” na arena, arrancaram aplausos e lágrimas da galera encarnada. No ponto alto, a homenagem ao tripa Denildo Piçanã, que se despediu passando o bastão ao filho, selou a noite como um rito de passagem geracional.

Fonte: Jornal A Crítica

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