Bumbás acertam gerenciamento de recursos
11/03/2003, APCOM-Agência Parintins de Comunicação
Os bumbás Garantido e Caprichoso vão ter um gerente financeiro e um auditor fiscal para assessorar os diretores das Associações Folclóricas nos gastos dos recursos que recebem da Multinacional Coca-Cola, patrocinadora oficial da festa. O anuncio foi feito ontem pelo secretário de Estado de Cultura, Robério Braga, durante o primeiro dia das oficinas técnicas realizadas pela SEC, no Amazon River Resort Hotel, em Parintins ( a 325 quilômetros de Manaus ). 'A proposta foi levantada pelos presidentes dos bois', afirmou o secretário. Robério Braga reuniu com os presidentes dos bumbás, José Walmir, do Garantido e César Oliveira, do Caprichoso, em uma sala reservada. Participaram do encontro o secretário executivo da SEC, Arlindo Junior e o secretário de Cultura e Turismo de Parintins, Gil Gonçalves.
De acordo com Braga, a cota de patrocínio vai ser repassada aos bumbas em três etapas. 'As diretorias só receberão a segunda e terceira parcelas, após a prestação de contas da aplicação dos primeiros recursos liberados', disse.
Robério Braga, assinalou que as diretorias de Garantido e Caprichoso apresentam dificuldades de gestão financeira, daí a necessidade de um acompanhamento dos técnicos em gerenciamento financeiro e fiscal. Não foi anunciado no encontro o montante de recursos que serão repassados aos bois de Parintins este ano.
Garantido e Caprichoso ficaram atolados em dívidas contraídas pelas administrações anteriores, que chegam a comprometer o patrimônio dos grupos folclóricos.
'Esta medida resgata a credibilidade dos bois e possibilita uma maior transparência na aplicação do dinheiro público', avaliou o presidente do Caprichoso, César Oliveira. A opinião do líder azul e branco, ganha reforço nas palavras do presidente do Garantido, José Walmir. 'Transparência e moralização da nossa festa. Damos com isso uma satisfação ao povo', acentuou.
O prefeito de Parintins, Enéas Gonçalves, que participou da abertura das oficinas propôs que seja inserida no estatuto das Associações Folclóricas a Lei de Responsabilidade Fiscal . 'É uma alternativa para que os dirigentes possam fazer um planejamento dos gastos e não passar as dívidas para as administrações posteriores. A medida deve ser adotada como já ocorre com os governos municipal, estadual e federal', argumentou acrescentando que o gerenciamento dos recursos visa, entre outras coisas, sanear os débitos acumulados pelos bumbás.
Para o secretário executivo da SEC, Arlindo Junior a decisão adotada mostra clareza e seriedade dos administradores com os recursos públicos que são investidos no Festival Folclórico de Parintins.
Ontem, os diretores dos bumbás e os organizadores do evento, abriram as primeiras discussões em torno do regulamento da festa e da prestação de contas dos grupos folclóricos. As oficinas prosseguem até a sexta-feira.