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Caprichoso reza pela união e Presidente pede transparência no julgamento da festa

04/04/2003, Jornal A Crítica

Um alerta pela transparência do julgamento do 38º Festival Folclórico de Parintins, ganhou a cena do sábado de confraternização do boi Caprichoso, na sede social em Parintins (a 325 quilômetros de Manaus). A diretoria do boi reuniu artistas, sócios e torcedores em uma programação que incluiu uma missa de Ação de Graças para celebrar a união dos que fazem o boi Caprichoso e o hasteamento do pavilhão azul e branco que deu o clima festivo ao evento com salva de fogos, toadas tradicionais e olhos marejados com a grande bandeira (15x11) sendo erguida no mastro de 36m.

Emoções à parte, o presidente César Oliveira, aproveitou a reunião de todos para externar a sua preocupação com a indefinição do Regulamento no item que trata de critérios para escolha dos jurados da festa. O resultado elástico dos anos anteriores favorecendo uma única agremiação teria colocado em xeque a lisura do julgamento. No entendimento do Caprichoso, fatos como este contribuíram para levar o Festival à beira do descrédito e é dever do bumbá impedir que isso aconteça, zelando pela integridade, lisura e seriedade da festa. 'Nós queremos que o resultado seja coerente com o espetáculo apresentado pelos bumbás',enfatizou.

Ele relatou que a comissão do Caprichoso que discute o Regulamento do Festival está encontrando resistência por parte dos membros do boi Garantido que não aceitam mudanças na escolha dos jurados. Três reuniões foram realizadas em Manaus sem nenhum progresso.

A proposta do Caprichoso é que os jurados sejam pessoas de renome nacional, conhecidas em todo Brasil. 'O jurado pode ser ligado a quaisquer instituições, sejam universidades, fundações, secretarias de cultura, mas desde que sejam pessoas com conhecimento de causa e de expressão nacional', ponderou o vice-presidente, Hugo Levy. Ele completou dizendo que o Caprichoso defende a proposta por entender que as pessoas escolhidas teriam um nome a zelar e não estariam suscetíveis a abordagens maliciosas como já ocorreu em anos anteriores. Para ilustrar Levy citou nomes como do músico Carlinhos Brow e da bailarina Ana Botafogo, como exemplos de nomes que poderiam ser convidados.

Hugo Levy também destaca que o Caprichoso é favorável à divulgação dos nomes dos julgadores dez dias antes da disputa. 'Nós entendemos que sendo pessoas conhecidas em todo o Brasil, não tem porque manter segredo sobre elas e nem que cheguem aqui em sigilo às vésperas da festa', afirmou.

A proposta do Caprichoso é para contribuir e mostrar a responsabilidade de quem participa como julgador. 'Tudo o que nós propomos é para o bem da festa. O povo parintinense, o artista, milhares de pessoas dependem do movimento que nós temos no Festival. Se o Amazonas tem essa identidade musical e cultural, deve ao Festival Folclórico e aos bumbás', disse o presidente César Oliveira.

Ele espera que a próxima reunião, marcada para segunda-feira, na Secretaria de Cultura em Manaus seja definitiva para que o Caprichoso não tome a decisão radical de não participar do julgamento em 2003. Ele foi bem claro quando expressou o sentimento de manter a lisura e a transparência da festa. O presidente assegura que o Caprichoso estará no Bumbódromo para fazer o maior espetáculo dos últimos anos, vai respeitar os patrocinadores, suas obrigações com o Governo do Estado, com o Movimento Marujada e não vai decepcionar a sua grande nação.

'Todos cobram transparência na hora de investir, de aplicar os recursos e nós também queremos transparência na escolha dos jurados', enfatizou.

César Oliveira chegou a comentar que já existem pessoas desonestas, sem nenhum compromisso com o Festival Folclórico de Parintins que teriam iniciado uma corrida por cidades do Nordeste, promovendo lobby em favor de uma agremiação folclórica. Ele manifestou estar desapontado com as notícias que circulam nos bastidores e disse que vai defender até o fim a moralização do Festival Folclórico de Parintins.

'Esta é sim uma forma de preservar uma festa que tem 38 anos. Nós estamos ao longo de todos esses anos tentando colocar o Festival a nível nacional, com respeito, credibilidade, lisura e não é o julgamento que vai comprometer o nosso objetivo', finalizou.

Para ficar por dentro do julgamento
Serão doze jurados. O julgamento em cada noite será efetuado pelos 12 (doze) jurados específicos, que julgarão, dentro da sua especificidade (musical, artístico, cênico/coreográfico e comum).Os blocos de julgamento serão conforme a especialidade do julgador.
BLOCO A - MUSICAL

Podem exercer a função de julgadores: Músicos, Compositores e Maestros, todos com referencial teórico em folclore.

ITENS
  • 02 - Levantador de Toadas
  • 03 - Batucada ou Marujada
  • 06 - Amo do Boi
  • 11 - Toada
BLOCO B - CÊNICO/COREOGRÁFICO

Podem exercer as funções de julgadores: Teatrólogos, Coreógrafos e Folcloristas, todos com referencial teórico em folclore.

ITENS
  • 05 - Porta-estandarte
  • 07 - Sinhazinha
  • 08 - Rainha do Folclore
  • 09 - Cunhã-poranga
  • 12 - Pajé
  • 19 - Vaqueirada
  • 22 - Coreografia
BLOCO C - ARTÍSTICO
Podem exercer as funções de julgadores: Artistas plásticos, Etnólogos,Cenógrafos, Designers e Arquitetos, todos com referencial teóricoem folclore.
ITENS
  • 04 - Ritual Indígena
  • 13 - Tribos Indígenas
  • 15 - Tuxauas
  • 16 - Figura Típica Regional
  • 17 - Alegoria
  • 18 - Lenda Amazônica
BLOCO D
Podem exercer as funções de julgadores: Folcloristas, Filósofos,Sociólogos, todos com referencial teórico em folclore.
ITENS
  • 01 - Apresentador
  • 10 - Boi-bumbá (Evolução)
  • 20 - Galera
  • 21 - Organização do Conjunto Folclórico