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Cabana do boi Oca do Cacique Zeca Xibelão está de volta

24/04/2003, Peta Cid, direto de Parintins

O resgate da identidade e da história dos 90 anos do boi Caprichoso não se resumirá apenas nas apresentações de três noites de espetáculo na arena do Bumbódromo, em Parintins, nos dias 28, 29 e 30 de junho. O bumbá azul e branco inicia progressivamente uma escalada de enfoques das raízes em vista a recuperar a identidade valorizando os personagens que ajudaram a formação da cultura parintinense, que hoje é destaque no cenário nacional, com o Festival Folclórico.

A Oca do Cacique Zeca Xibelão, nova denominação dada à Cabana do Boi é o projeto que vai levar ao conhecimento da população, visitantes e principalmente às novas gerações, um pouco da bibliografia e história das pessoas que se doaram em tempos passados para que hoje Parintins e o mundo pudessem brincar de boi. Criar uma nova atração turística na cidade e incentivar o torcedor do boi-bumbá Caprichoso a conhecer suas raízes e tradições é o principal desafio dos organizadores.

Odinéa AndradeNo ano passado, a Cabana foi uma referência para os turistas que visitaram a cidade para conhecer as origens da brincadeira de boi-bumbá e a cultura do povo. Este ano, a coordenadora do Departamento Cultural, Odinéa Andrade, está à frente do projeto e confirmou a abertura da Oca do Cacique no dia 16 de maio.

A Cabana do boi Caprichoso surgiu em Manaus por parintinenses integrantes do Movimento Marujada que se sensibilizaram em preencher tamanha lacuna. O projeto foi realizado durante a temporada do bar do boi 2001 e foi um sucesso de público. Como a cultura não é restrita a um público alvo, mas à população por inteiro, logo veio a idéia de estabelecer o projeto na cidade de Parintins que é a fonte de informações e que muitas delas nunca foram registradas. A preocupação da equipe da Cabana é de resgatar e valorizar as famílias caprichosas para que as histórias e estórias do Caprichoso não morram com elas, mas deixe registrado de herança para novas gerações.

Turistas na CabanaApesar de realizar a maior festa cultural do Norte do País, Parintins não tem um museu do folclore que sirva de referência para pesquisas sobre a história do festival e da própria cidade. Preocupado em preencher essa lacuna, o boi Caprichoso acreditou no projeto que visa mostrar um pouco da história cultural do Município e resgatar principalmente personagens que marcaram a trajetória do boi azul e branco.

A cabana foi construída em 2002 e reproduz uma palhoça regional de 20m de diâmetro no espaço da sede do bumbá, onde são realizadas as exposições. A história será contada por meio através de banner´s, fotos, registros, fantasias antigas, livros e bibliografias. Na decoração peças que retratam o habitat do caboclo, seus usos, costumes e tradições.

Odinéa AndradeNa primeira exposição, no dia 24 de maio, a Cabana vai homenagear os apresentadores, levantadores de toadas, narradores e animadores. Também estão na lista dos homenageados os donos, presidentes, vice-presidentes, padrinhos, Movimento Marujada e as miss do boi, como eram denominadas as mulheres bonitas que com a evolução da brincadeira incorporaram o item cunhã-poranga.

Esse é um projeto se estende a toda a comunidade parintinense, que precisa ter uma referência da sua história, salienta a coordenadora Odinéa Andrade.

Já prevendo a visita de um número expressivo de turistas, a Oca do Cacique terá espaço de vídeo onde apresentará alguns documentários dos festivais anteriores e ensaios de tribos e currais; painel de fotografias antigas e relatos de entrevistas e uma galeria dos ilustres do boi, pessoas que marcaram época; exposição de indumentárias de índias, cunhãs e vestimentas típicas.