Exposição inédita sobre presidente Lula em Parintins
27/06/2003, Peta Cid, direto de Parintins
Em forma de painéis, exposição traça um paralelo da vida do atual presidente da República com fatos históricos do Brasil ao longo dos anos.
O convés do navio Patrulha Pedro Teixeira, da Marinha, onde ficará hospedado o presidente Lula em Parintins, será transformado em uma grande sala de exposições. Vinte painéis com 2,15m de altura por um metro de largura irão contar um pouco da vida do presidente da República. Desde a infância em Garahuns até o Palácio do Alvorada. A exposição, denominada de 'Filhos do Brasil', montada pelo Governo do Estado, promete emocionar o presidente, e inicia um dos projetos itinerantes da Secretaria de Cultura que é a interiorização dos projetos culturais na área da música, dança, teatro, exposições, cinema, salas de leitura e artes plásticas.
A exposição é dividida em três setores: Bibliográfico, narrando fatos cronológicos da vida do presidente; Pessoal e Emocional, com depoimentos sobre diversas passagens da vida de Lula; e Universal, onde é traçado um paralelo entre sua a trajetória e fatos históricos da época, como o que aconteceu em 24 de agosto de 1954, que mais do que o dia do suicídio de Getulio Vargas, para o ainda menino Luiz Inácio, ficou marcado como o dia em que sua mãe deixou o pai no norteste e foi arriscar a vida em São Paulo.
Outro destaque da exposição e que dá um diferencial todo especial ao projeto, segundo o secretário de Cultura Robério Braga, é o encadeamento que foi dado entre a história de vida de Lula com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela resolução 217 da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
O painel 'Endereço: Brasil', por exemplo, que mostra desde a casa onde nasceu o presidente no interior de Pernambuco até o Palácio da Alvorada tem a referência do artigo XVII da Declaração: 'Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros... '. Outro painel com alguns ritos de passagens na vida de Lula, como no período em que o irmão dele, Frei Chico, foi torturado durante a ditadura, figura o artigo V: 'Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante...'
A pesquisa e a curadoria da exposição feita pela Secretaria de Cultura foi coordenada pela museóloga Veralúcia Ferreira, diretora do Museu da Imagem e do Som, criado e mantido pelo Governo do Estado, e tomou como base o livro 'Lula: o filho do Brasil', da jornalista Denise do Paraná, editado em 1992 pela Fundação Lílio Abramo.