Arte da ilha encanta o Rio
19/02/2004, Jornal A Crítica
Arte típica da selva amazônica vai desfilar mais uma vez na Marquês de Sapucaí. Aos olhos do público carioca vai passar o toque refinado dos talentos artistas amazonenses que trabalharam na produção de fantasias e de carros alegóricos, desde outubro do ano passado. O carnaval do Rio descobriu nos artesãos de Parintins o remelexo que faltava para deixar os desfiles das escolas com muito mais beleza e emoção.
Rossi Amoedo, artista do boi Caprichoso, está trabalhando há três anos na Beija-Flor, de Nilópolis. No ano passado, foi campeão e ganhou moral no grupo. Jairzinho Mendes, também do boi azul, trocou a Mocidade Independente de Padre Miguel pela Portela e Salgueiro. Na Portela, do carnavalesco Jorge Freitas, ele trabalha em família. Lá, o pai, Jair Mendes e o irmão dele, Teco estão desde 2001 e só não fazem chover. A águia, símbolo da escola, que aparece abrindo o desfile, dá o sinal que a alegoria, teve o toque das mãos dos alquimistas da Ilha do Folclore. Na terra do Carnaval, outros artesãos que figuram no segundo escalão do boi-bumbá se destacam nas demais escolas do grupo especial.