Portas abertas para artistas
01/05/2004, Jornal A Crítica
A toada e a influência do artista abriram novas portas para essas revelações da música amazonense. Ademar Azevedo esteve entre os atores locais que participaram da gravação do Sítio do Pica-pau amarelo, em Manaus, no papel do índio Dourado. Antes, integrou o elenco do documentário Amazônia Nau, de produção canadense filmado também na capital e no município de Presidente Figueiredo. O compositor interpretou o personagem índio Ajuricaba. Após participar da gravação do Sítio, fui convidado para as filmagens do programa Las Selvas de Los Famosos, uma espécie de Big Brother espanhol, com cenas no Ariaú, em Manaus, relatou Ademar. O compositor diz que escreve suas toadas no refúgio da comunidade rural do Itaboraí, em Parintins, onde se mantém em permanente contato com a natureza. Eu procuro a paz para compor. Agora, eu acho que a diretoria dos bois deveriam abrir mais espaço para que o compositor tradiconal, da velha guarda, também pudesse participar dos CDs oficiais com toadas dessa época, sugere.
Haidos, o sobrenome com que Demétrius assina as composições, veio do pai Dimitrius, que é natural de Atenas, Grécia.
Todo compositor vibra quando vê sua obra tocada pela massa, fala ao comentar o seu momento meteórico na Baixa do São José. Parintinense, Demétrios Haidos tem 24 anos e Jeandro Pantorja é o seu parceiro nas obras. São eles os autores da toada Amazônia Santuário Esmeralda, sucesso do Garantido, no festival passado. Eu considero a nossa melhor obra. Acredito ainda que poderá ser um sucesso nacional. É a cara da Amazônia, aposta. Com 20 toadas oficiais na carreira, o compositor chama a atenção para Índios do Brasil, dentre as quatro composições que conquistaram no CD de 2004.