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Galpões têm linha de montagem

24/05/2004, Jonas Santos/A Crítica

Aos poucos, toneladas de ferro e montanhas de isopor vão cedendo formas às alegorias esculpidas pelos artesãos dos bumbás Garantido e Caprichoso para o espetáculo do Festival Folclórico de Parintins. Faltando  34 dias para o início da grande festa, os artistas já concluíram boa parte dos trabalhos de, confecção e montagem dos carros que compõem o cenário da ópera de arena produzida pelos dois bois.

"Digamos que estamos na metade do desafio", disse o artista do Caprichoso, Karú Carvalho, que a 17 anos está na linha de frente dos artesãos do "touro negro". Confiante em fazer o melhor pelo seu boi, Karú conta que sempre tentou inovar nas suas obras. "Considero 2003 como um ano marcante. Apresentei uma alegoria na qual uma mulher se apresentou chorando. Era a padroeira de Parintins, Nossa Senhora do Carmo. Tudo deu certo e vencemos o festival", lembrou.

Este ano, o artista veterano de tantas competições disse que recebeu um projeto para envolver a galera azul e branca na apresentação do bumbá. Karú divide o mesmo espaço com mais seis colegas que sinalizam inovações na apresentação do Caprichoso, que briga pelo título de bicampeão. O galpão central fica a poucos metros do Bumbódromo.

Para os artistas, o Festival Folclórico é a vitrine das suas criações. É daí que surgem contratos para atuar nas produções dos carros alegóricos das escolas de samba do Rio de Janeiro, São Paulo, Manaus, Belém e também do Rio Grande do Sul. Carnavalescos e diretores das escolas e governos de outros Estados costumam fechar contratos com os artistas parintinenses ainda no Bumbódromo.

"No Garantido temos um safra nova de artistas que vem dando conta do recado. Todos os anos eles são convidados", destacou Antônio Cansação garantiu que vai mostrar o que tem de melhor na arena e anunciou que o boi será "todo mistério" até a saída dos galpões da Cidade Garantido aos palcos da disputa. "É uma tática que nós, artistas, adotamos de não falar muito, de trabalharmos em silêncio. O nosso trabalho no Bumbódromo vai falar por nós", justificou. Também são sete os artistas que atuam nas oficinas. Cansação acrescentou que esmerou na produção do ritual de uma das noites.

No interior dessas escolas de artes estão soldadores, eletricistas, escultores, pintores e os pasteladores - os colaboradores que colam o papelão para reforçar as peças de isopor. Os operários trabalham como em uma fábrica. Batem ponto em dois turnos.

Nos galpões menores, são confeccionadas as tribos.  É onde trabalha um outro exército de artesãos. Por noite, cada boi deve apresentar dez tribos que vão compor o ritual indígena. São 60 no total.

Comissão Organizada

Amanhã, o prefeito Enéas Gonçalves instituirá a Comissão Organizadora do 39° Festival Folclórico de Parintins. O chefe do Setor de Terras e Cadastros da Prefeitura, João Neto de Souza, será empossado coordenador deral da comissão.

O 2° Seminário de Revisão Crítica do Festival Folclórico será realizado num único dia e não mais em Parintins. A Secretaria de Cultura do Estado (SEC) confirmou para o dia 28 de maio a realização da reunião, em Manaus. Quarenta pessoas envolvidas na organização participam do evento. Entre elas estão os diretores dos bois Garantido e Caprichoso, a Prefeitura de Parintins e órgãos do Governo do Estado.