29/05/2004, Jornal A Crítica
O rufar dos tambores na arena avisa que o boi-bumbá vai começar. Dividido pelas cores vermelho e azul, o público no Bumbódromo se agita de um lado e silencia do outro. É o sinal de que mais um festival folclórico está começando. A emoção e a paixão que arrebata corações no mundo todo tem levado aproximadamente 50 mil turistas a cada mês de junho para o município de Parintins - uma ilha localizada a 350 quilômetros a Leste de Manaus - para assistir e vivenciar toda a alegria e beleza dessa festa. Não há quem resista, uma vez na ilha, ensaiar o "dois-pra-lá e dois-pra-cá", passos da dança do boi.
De dia, nas ruas, em casa, bares e restaurantes o que se ouve são as toadas de Garantido e Caprichoso - os bumbás rivais que motivam a festa. Gente alegre e brozeada se espalham pela cidade. À noite, é na arena, arquibancadas e camarotes que fica concentrada toda a alegria da ilha. São amazonenses, brasileiros de outros Estados e estrangeiros que partem rumo a Parintins em busca de espetáculo dos bois que disputam mais do que um título, disputam a paixão dos visitantes.
De olho nesse clima de festa que arrasta multidões, as empresas de turismo ja estão vendendo pacotes para o 39° Festival Folclórcio de Parintins, que será realizado nos dias 28, 29 e 30 de junho, no Bumbódromo. A oferta é tão vasta como diversificada, com preços para todos os bolsos. Como se trata de uma ilha, para chegar a Parintins só mesmo de barco ou avião. E nesses dois meios de transportes as possibilidades se ampliam.
Entre as embarcações estão desde os barcos-recreio, de linha e fretados, até os iates que só funcionam em sistema de pacotes. Já por via aérea, os boeings da Varig e da Rico são os que oferecem vôos. Ambos em linhas regulares ou charter. O mais interessante é optar pelos pacotes, que já incluem traslado, hospedagem e ingressos para o Búmbodromo, como os ofertados pela RH Turismo e a Selvatur. Tudo com muita antecedência, já que a cidade fica lotada de visitantes.
Natureza
Parintins vale ser visitada também pelas suas belezas naturais. Banhada pelo rio Amazonas, com dois lagos entrecortando seu território - o da Francesa e o do Macurany -, a ilha oferece a possibilidade de passeios de barco, pescarias, praias e caminhadas pela mata, como as oferecidas na comunidade da Valéria, onde se sobe uma serra de 170 metros de altitude em meio a araras e macacos. Mas que isso: a cidade tem uma culinária regional de fazer qualquer um cometer o pecado da gula. Os peixes - jaraqui e bodó - são à base do sabor local. Não deixe de provar o bodó ao tucupi, o jaraqui assado na folha da bananeira e o tacacá com camarão, cebola e cebolinha. Alimenta e ajuda a resistir aos três dias da festa