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Caprichoso quer a separação

21/06/2004, Amazonas Em Tempo

MAG faz avaliação positiva da união dos bois

Para o presidente do Movimento Amigos do Garantido (MAG), Joca Antunes, os ensaios reunindo as duas agremiações (MAG e Movimento Marujada), caíram no gosto do povo. "Era tudo que o povo queria, essa união. Nós fizemos e deu certo", disse ele, acreditando que a seperação irá complicar de novo.

Ao contrário das lideranças do Movimento Marujada, Antunes acredita que as festas em Manaus foram altamente positivas. Ele destaca, por exemplo, a despedida dos bumbás de Manaus, que reuniu, na sua opinião, mais de 20 mil pessoas.

Joca diz que a separação dos ensaios dos bois em Manaus não tem dado certo."Converso todos os dias com o pessoal do Movimento e até agora ninguém falou nada, até porque essa festa já está inserida no calendário turístico da cidade. Com os bois juntos",disse.

Outro que faz uma avaliação dos ensaios dos bois em Manaus é "Peara" (Clemilton Pinto), mestre da Batucada do Garantido. Na sua opinião, seria um "suicídio" se os dois movimentos não tivessem se unido para fazer a festa juntos.

"No meu entendimento, e fui um dos articuladores dessa união junto ao MAG, os dois movimento foram inteligentes. Desde o ano passado, o movimento foi muito fraco, não chegou a ser um fracasso. A prova disso é que estamos fechando hoje com chave de ouro", diz.

Segundo ele, a festa que o Caprichoso faz sozinho nesta sexta-feira, dia 25, no Sambódromo é detrimento de problemas financeiros. "Acho justo", disse Peara. Quanto a uma separação para os ensaios do próximo ano diz que isso deve ser discutida. Ele acha que se o Caprichoso quiser fazer sozinho suas festas não tem problema : "A mamãe já dizia um ditado, é melhor só do que mal acompanhado. A gente sobreviveu o tempo todo sozinho", afirmou.(NP).

Se depender do Movimento Marujada, a união dos bois em festa única no Sambódromo de Manaus vai dar em "divórcio"

Os ensaios dos bois Garantido e Caprichoso, numa festa única no Sambódromo de Manaus,
parece que vão ficar limitados à experiência deste primeiro ano. Os resultados financeiros e público frequentador nesses 14 sábados de ensaios - com exceção do último, realizado sábado passado, dia 19, que levou mais de 20 mil pessoas ao Centro de Convenções, e provou a liberação da arquibancada principal - não agradaram, principalmente os integrantes do Movimento Marujada, responsável pelo Bar do Boi.

"Foi uma tentativa que a gente fez para tentar resgatar o público que estava sumido. Conseguimos em parte. Seria melhor se tentássemos conseguir sozinhos", disse o presidente do Movimento Marujada, Raimundo Gato, convicto de que o Caprichoso, sozinho, tem condições de fazer uma bonita festa. Segundo ele, o público pagante aos sábados girava em torno de três a quatro mil pessoas, apesar do número de pessoas ser bem maior.

O Movimento Marujada, de acordo com Gato, teve a oportunidade de colocar no Sambódromo, no lançamento oficial do boi, cerca de 14 a 15 mil pessoas, não todos pagantes, mas um número expressivo levando-se em consideração o número de pessoas colocadas no Sambódromo pelos dois bois nos eventos realizados.


"Acho que a idéia da união foi inovadora, mas não chegou a surtir efeito. O pessoal que é Caprichoso, é Movimento Marujada e diz que se tivéssemos sozinhos iam mais ao Sambódromo. Bem, mas vamos deixar essa questão para ser resolvida no outro ano", afirma.


Na realidade, os integrantes do Movimento Marujada em Manaus querem liberdade para conduzir sua festa, mesmo que ela volte a ser realizada em local bem menor que o Sambódromo e sem ter que ficar limitados a algumas regras, como por exemplo, não cantar músicas de desafio, acordados entre as duas partes para evitar inflamar o ânimo das torcidas, que passaram a brincar de boi junta.


Aliás, no último ensaio esse acordo foi quebrado. Tanto o Garantido cantou músicas de desafio, quanto o Caprichoso, que deu o troco nas provocações, durante o show de Arlindo. "Queremos voltar ao que era antes. Vamos ter maior liberdade para fazer a festa que queremos", diz Gato, que também falou dos comentários de que alguns integrantes do Movimento Marujada, defendiam a suspensão das atividades do Bar do Boi pelo menos por um ano em Manaus. "Temos  todo um trabalho realizado em Manaus. Estamos mandando recursos arrecadados com a bebida no Bar do Boi para Parintins e o resto é investido aqui. Se morre a brincadeira em Manaus acaba também Parintins", acredita o presidente do Movimento.


Gato diz também que em nenhum momento se cogitou a suspensão dos ensaios em Manaus. O que foi discutido, de acordo com ele, é que alguns integrantes do Movimento em Manaus defendiam a idéia do Movimento Marujada sair de cena.


"Acho que a idéia, sem dar nenhuma satisfação ao público não era válida", disse ele, afirmando que defendeu esse ponto de vista junto aos associados e hoje, segundo ele, de 100%, 60% já estão convencidos de que se retirar de cena não é a melhor saída para o boi e nem para o Festival de Parintins.


O grupo mais tradicional, na verdade, defendia a volta do Movimento Marujada às suas origens ou seja, voltar a ser o que era antes o Bar do Boi, quando começou com a reunião de Parintinenses radicados em Manaus na Ica Maceió, passando para o Ministério da Agricultura até chegar a TVLândia(na avenida Djalma Batista), onde atingiu o auge. "A idéia era começar as atividades ainda este ano. Ou seja, o festival termina em junho, e em agosto começávamos a batalhar para os ensaios iniciarem em setembro. Se a gente colocar dez pessoas no primeiro ensaio, coloca 20 no segundo e ai a coisa volta a pegar", diz Raimundo Gato.


Assim também, de acordo com ele, o Movimento Marujada teria condições de iniciar o Bar do Boi iniciando às 17 horas para terminar à meia noite. Gato parte do princípio, de quem freqüenta os ensaios do Azul e do Branco "é Bar do Boi, Movimento Marujada e Caprichoso.

 

Mas por enquanto, Gato diz que só tem uma certeza: os integrantes do Movimento Marujada vão a Parintins e só retomam suas atividades no próximo dia 10 para festejar a vitória e a conquista no bi-campeonato no Sambódromo.

Pop da Selva

Se depender do "pop" da Selva e apresentador do boi Arlindo Júnior, o Caprichoso passa a fazer suas festas sozinho a partir do próximo ano."Não dá certo, cada um tem seu espaço e cada um deve procurar seu espaço.Foi válido a iniciativa,mas não deu certo.A gente não poder cantar as nossas músicas,acho isso errado", disse.

Arlindo diz que quando os dois bois se unem acaba a rivalidade, que na sua opinião é o grande lance da disputa. "E não se pode fazer isso aqui, não nos ensaios com os dois bois juntos", destacou.

O apresentador e membro da Comissão de Artes do Boi Caprichoso acha que no ano que vem a festa única deve ser repensada. "E se depender de mim a gente tem que separar", defende.