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Júri vem do Mato Grosso

27/06/2004, Jornal A Crítica

O tempo de apresentação dos bumbás, que aumentou de duas horas e meia, com mais dez minutos de tolerância na entrada, é a principal mudança no regulamento do Festival Folclórico de Parintins deste ano com relação ao ano passado. A outra é a quantidade de jurados: serão nove, em vez de 12 como em 2003. E eles virão apenas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, devido aos vetos impostos por Garantido e Caprichoso. Para julgamento valem os mesmos critérios e os 21 itens do último festival, divididos em blocos Comum, Cênico e Artístico.

O Garantido é a agremiação que vai abrir o 39º Festival Folclórico de Parintins, às 21h. A ordem de entrada dos bois foi definida durante sorteio, ontem no meio-dia. Hoje, no mesmo horário, será sorteado quem abre a festa na segunda noite de apresentação. E amanhã, também ao meio-dia, vai-se saber quem se apresenta primeiro no dia 30.

O regulamento 2004 só passou a existir ontem, depois de duas reuniões realizados na última semana em Manaus e uma outra em Parintins, que durou aproximadamente quatro horas. Esta teve a participação do secretário de Estado Robério Braga, que criticou a demora na definição do regulamento. Os bois precisam mudar isso e se profissionalizar. Essa discussão de última hora valia quando o boi não tinha a dimensão desse festival, mas agora não cabe mais. Perde-se dinheiro e tempo.

Tempo, aliás, é o grande desafio dos bumbás. Eles têm até às 20h de hoje, quando começa o Festival Folclórico, para estar com todos os jurados em Parintins. Antes, porém, precisam identificar especialistas em música, teatro a artes plásticas, contáta-los e trazê-los para a Ilha Tupinambarana. Se for levado em conta que vôo vindo de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para o Amazonas tem duração de aproximadamente sete horas, incluindo a conexão em São Paulo, dá para dimensionar o tamanho do problema que os bois enfrentam.

Como fica o julgamento

Com redução de 12 para 9 jurados, as regras para a cotagem das notas também muda. Como o número de julgadores é impar, será descartada a nota mais baixa de cada noite para os bois. Com isso, ficam valendo apenas oito notas por noite. A decisão será no dia da contagem de pontos, 1º de julho. Essa fórmula tem a intenção de equilibrar o julgamento, evitando que um grupo de jurados tenha mais poder que o outro. A Comissão Julgadora terá um fiscal do Garantido e outro do Caprichoso e mais representante indicado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas.

Fica também mais fácil fiscalizar os jurados sendo só nove e ainda barateia os custos para os bois, defende o presidente do Garantido, José Walmir Lima, que propôs esse número de julgadores. O Caprichoso queria 15 jurados, mas não conseguiu emplacar sua proposta porque, entre outras coisas, não há espaço físico no Bumbódromo para mais que 12 jurados, como informou a empresa que organiza o festival, Ativa. Essa é mais uma coisa em que o Caprichoso cede para depois não ser acusado de intransigência, reclamou o presidente do bumbá azul, César Oliveira.