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Direção dos bois pede desculpas

29/06/2004, Jornal A Crítica

Um pedido de desculpas oficial ao público, patrocinadores e expectadores foi a principal iniciativa tomada ontem pelos dirigentes do Garantido e Caprichoso para se retratar do episódio de segunda-feira. Eles admitiram ser os responsáveis pelo atraso de quase duas horas de festa e a forma improvisada como foram escolhidos os julgadores na primeira noite do 39ºFestival Folclórico de Parintins.

José Walmir Lima, do vermelho, e César Oliveira, do azul, reconheceram a forma irresponsável como agiram e trataram de consertar as falhas. Os jurados oficiais do festival chegaram a ilha no final da tarde de ontem e às 20h45 já entravam na arena do Bumbódromo. A festa, dessa vez, começou na hora marcada: às 21h. Os nove membros da Comissão Julgadora - cinco de Mato Grosso do Sul e quatro de Mato Grosso - foram recebidos com aplausos pelas torcidas ao entrar no Bumbódromo, às 20h45 de ontem. O grupo eclético, é composto pelo arquiteto Mário Marinho, o produtor musical Mário Olímpio, o teatrólogo Haroldo Garay, o artista plástico Rafael Maldonado, o produtor cultural Silvio Nutte, a artista plástica e diretora do Museu de Arte Contemporânea de MS, Maísa Barros, o historiador e artista plástico Serafim Bertoloto, a comunicóloga Vitória Basaia e a pedagoga e pesquisadora de música Marta Catunda.

Os jurados chegaram em Parintins às 18h30 de ontem após seis horas de vôo num avião bandeirante, de 15 lugares. Depois, seguiram escoltados por batedores da Polícia Militar e dois representante do Garantido e Caprichoso. Eles estão hospedados numa casa na rua Paulo Teixeira, no bairro Santa Rita, que pertence ao vereador Gil Gonçalves, irmão do prefeito de Parintins, Enéas Gonçalves. Mas na residência ficaram apenas os julgadores, um fiscal de cada boi e policiais militares que fazem a vigilância do local.

Reuniões

Desde o término dos espetáculos no Bumbódromo, os dirigentes do bumbás participaram de reuniões para acertar os ponteiros e não repetir o episódio do atraso. Ainda bem cedo, às 6h30, o presidente do Garantido, José Walmir Lima, e do Caprichoso, César Oliveira, estiveram com o Secretário de Estado da Cultura, Robério Braga. Por volta do meio-dia, eles sentaram para conversar com Eduardo Braga. Do Governador ouviram um pedido: que no próximo ano a escolha do júri seja feita com antecedência.O encontro com Robério foi para discutir as falhas que resultaram nos desacertos da primeira noite. Estamos trabalhando porque temos compromisso com o público da festa, disse o Secretário.

De acordo com o José Walmir, a reunião serviu também para fazer uma reflexão. Estamos conscientes de que não se pode tratar sem cuidado quem prestigiar nossa festa, admitiu. O presidente do boi azul, César Oliveira,preferiu não elencar questões discutidas ou apontar falhas no processo, mas admitiu que as duas agremiações folclóricas tiveram responsabilidades no problema.

Em Manaus o sentimento ainda é de desrespeito. Espectadores do festival enviaram mensagens criticando os bumbás. Vergonha, desrespeito, irresponsabilidade, dizia o início da carta de Adelson Dantas, de Manaus. Um outro leitor, Gerberson Tussollini, criticou a demora com que os bumbás escolheram a Comissão Julgadora.