29/03/2005, Ag/Nativa Comunicações
Os bois Caprichoso e Garantido aguardam esta semana a definição de recursos para a execução do projeto de arena. No ano passado, no dia 12 de março, os bois já tinham recursos em caixa provenientes da patrocinadora Coca-Cola e iniciaram os trabalhos mais cedo. O Caprichoso entrou em galpão no dia 12 e o Garantido no dia 20 de março. Em 2005, a festa foi antecipada em quatro dias, começando no dia 24 de junho e os bois até agora não iniciaram os trabalhos nos QGs.
Está tudo parado e a indefinição já compromete a execução do projeto de alegorias.
Os dois currais estão sem energia, tem dívidas para serem sanadas e nem todos os artistas assinaram contratos. Até agora não existe nenhuma movimentação nos galpões de alegorias.
A principal condição para liberação de recursos pela Secretaria de Estado da Cultura-SEC era a aprovação do Regulamento, o que ocorreu no dia 11 de março. Em 2005, os dois protagonizam a quadragésima edição do festival e como sempre de pires na mão.
Para começar os trabalhos, cada boi precisa de no mínimo R$ 200 mil, que seria para reformas de galpão, recuperação das instalações elétricas, contração de artistas e ajudantes, compra de material, ferro, solda e isopor.
“O dinheiro não foi liberado, não chegou anda do que foi prometido pra gente”, declarou o diretor administrativo do boi Garantido Telo Pinto. “A pendência de recursos está dificultando a execução do boi de arena”, confirmou o presidente do Conselho de Arte do Caprichoso, Juarez Lima.
Telo Pinto fez um apelo às autoridades para que ajudem os bois. Ele afirma que apenas a Comissão de Arte do Garantido e o Conselho de Arte do Caprichoso estão trabalhando, além da gravação dos CDs. O resto está parado. “As contas de luz estão atrasadas, os currais no escuro, não houve contratação de artistas e o Festival está parado. Pelo andar da carruagem os trabalhos vão começar em meados de abril comprometendo a confecção de alegorias”, ressaltou.
Na sua avaliação, o trabalho está comprometido pela grandiosidade do festival e por tudo o que os artistas estão propondo. O atraso vai acarretar em prejuízos, com tudo sendo feito às pressas. “Teremos 60 dias pra trabalhar e não se faz nesse prazo doze grandes estruturas, que é o mínimo que um boi leva para o Bumbódromo”,
Do lado azul da cidade, o Caprichoso também se preocupa, mas apresenta um quadro um pouco mais otimista. Nesta semana, os bois definem com a patrocinadora Coca-Cola, Kaiser e Governo do Estado os repasses de verba.
O curral Zé Xibelão também está às escuras, mas segundo Juarez Lima já existe uma equipe fazendo um levantamento para apurar as dificuldades e começar uma reforma visando os preparativos para o lançamento do CD oficial de 2005 no dia 15 de abril.