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Bumbás assinam hoje contrato com a Coca-cola

04/05/2005, Ag/Nativa Comunicações

Parintins(AM) – Faltando pouco mais de cinqüenta dias para o 40º Festival Folclórico de Parintins, os artistas dos bumbás Caprichoso e Garantido vão começar a trabalhar sem a tensão e o desgaste psicológico ocasionado por falta de verbas. Hoje, a partir de 15h no Salão do Hotel Tropical Business, em Manaus, os presidentes dos bois de Parintins assinam com a Multinacional Coca-Cola o contrato de patrocínio no valor de R$ 750 mil para cada bumbá.

O anúncio da liberação das verbas deu uma injeção de ânimo nos artistas e diretores que estavam vivendo o drama de ver o projeto do boi pronto sem poder levar à frente por causa da redução dos recuros.

Um evento do porte do Festival Folclórico de Parintins não é meramente uma festa. São aproximadamente 2 mil pessoas na arena, produzindo cinco ou mais alegorias por noite, quadros para encenação de 21 itens, roteirizados e ensaiados. Hoje os galpões já estão com quase 300 pessoas contratadas trabalhando e todos na expectativa de receber as semanas trabalhadas.

Com a definição dos repasses e a assinatura do contrato com a Coca-Cola muda o quadro de desalento e reforça a expectativa de que Parintins terá uma grande festa em 2005, atraindo um número significativo de turistas, especialmente por causa da mudança da data do Festival para o último final de semana de junho.

A festa envaidece e enche de orgulho o Estado do Amazonas por ser um evento típico que projeta a bandeira ecológica e sócio-cultural do Estado encantando turistas do mundo todo.

Os presidentes dos bumbás, César Oliveira, do Caprichoso, e José Walmir do Garantido estarão presentes na assinatura do contrato de patrocínio. A Coca-Cola reduziu de R$ 1 milhão para R$ 750 mil os recursos, mas os bois estão buscando outros meios de suprir as perdas.

Ontem o presidente do Caprichoso, César Oliveira, informou que até terça-feira o boi fará o pagamento de todos os artistas. O boi Caprichoso tem um orçamento de R$ 3,3 milhões e uma previsão de receitas de R$ 2,6 milhões. O bumbá está buscando recursos com outros patrocinadores como Petrobrás, Bradesco, Nestlé, Correios, Kaiser, Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet. O presidente do azul e branco reconhece as dificuldades, mas adianta que os problemas estão sendo sanados com a liberação dos recursos. No Rio de Janeiro o bumbá comprou o material necessário para a confecção de fantasias e alegorias, num total de R$ 239 mil. O material está sendo transportado para Parintins, uma parte por via aérea, e até o dia 20 deste mês os artistas de tribos devem iniciar a confecção das fantasias.

Nós estamos fazendo trabalho de coragem”, disse o presidente do Garantido, José Walmir, confirmando que também viajou para o Sudeste e fez as compras do material que o Garantido necessitava. “Nós nos antecipamos, empenhamos nossa palavra, nosso cheque porque o festival é em junho e a gente não se cansa de falar que os bois tem que estar prontos para a disputa”, salientou.

O presidente do Garantido explicou que a maioria do material que se compra não é encontrado em Parintins, é preciso adquirir em outros centros como São Paulo e Rio de Janeiro pagando o transporte.

Apesar de todos os problemas, os presidentes estão confiantes que todos os obstáculos serão superados e a festa não será prejudicada. São exatamente 40 anos de história, de cultura, de todo um empenho por Parintins. A cidade hoje está urbanizada, asfaltada (com exceção de poucos bairros) ganhou atenção de todos os governadores nos últimos anos, vai ter um dos mais modernos portos do Estado, está conquistando a energia da Linha de Transmissão de Tucuruí e muitos outros benefícios graças ao Festival Folclórico, considerado um dos produtos turísticos do Estado e propulsor da economia do Município. Há uma corrente se fortalecendo para preservar a festa e a tradição do povo de Parintins.