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Falta de energia pode prejudicar o festival

23/04/2002, Jornal A Crítica

A falta de energia elétrica em Parintins poderá comprometer a realização do festival folclórico no mês de junho. A preocupação foi manifestada ontem pelo presidente do boi Caprichoso, Dodozinho Carvalho, depois de ter sido obrigado a paralisar os trabalhos nos galpões de tribos e alegorias por causa do racionamento de energia que castiga a cidade há duas semanas. Carvalho foi duro nas críticas à direção da Companhia Energética do Amazonas dizendo, que Parintins vive um caos no setor energético e que os bumbás não podem ser prejudicados por essa irresponsabilidade. A direção do boi Garantido também protestou contra a falta de energia elétrica. O diretor da comissão de artes, João Pedro Gonçalves, disse que o racionamento é um desrespeito com a festa e com a população de Parintins

.O racionamento de energia castiga a cidade há duas semanas. Ontem, três grupos geradores estavam parados, obrigando a Ceam a racionar 50% de sua capacidade de geração. Estavam fora do sistema os grupos caterpilar 019 (1.400 kilowatts), GM 1.035 (1.400 kilowatts) e GM 1.039 (1.600). A previsão dos técnicos era otimista e até à noite dois grupos deveriam entrar em funcionamento reduzindo o racionamento para 10%.

Festival folclórico de 1997...



A direção da Ceam anunciou que até a próxima semana, Parintins deverá receber dois grupos caterpilar de 1.600 kilowatts cada, para suprir a necessidade. Atualmente, Parintins tem uma demanda de 8.600 kilowatts.

O presidente do Caprichoso, Dodozinho Carvalho, estava indignado por causa do atraso nos trabalhos. Nossos artistas ficam mais de seis horas parados por causa do racionamento, lamentou. Ele explicou que esse é um momento crucial para o Caprichoso porque os 150 homens contratados estão dando formas às estruturas de ferro das alegorias que dependem de solda. Os QGs de tribos também foram prejudicados e alguns nem iniciaram o trabalho porque não há mínima condição de trabalho com os constantes cortes de energia.

Segundo Carvalho, o boi Caprichoso elaborou um calendário de trabalho que já está sendo alterado, sem contar com o prejuízo financeiro que a falta de energia pode significar. O presidente teme que o atraso comprometa o desenvolvimento do boi e acabe prejudicando a conclusão dos trabalhos.

Dodozinho fez uma pelo dramático aos dirigentes da Ceam, solicitando que providências imediatas sejam adotadas para resolver o problema.

É preciso que a presidência da Ceam se sensibilize com esse momento crucial, que resolva esse problema, sob pena de comprometer a apresentação. No Garantido, os prejuízos acontecem nas mesmas proporções. De acordo com João Pedro, o bumbá está enfrentando um problema sério, com sete equipes praticamente paradas nos galpões. É uma irresponsabilidade, um desrespeito dos diretores da Ceam com a população, argumentou.

Ele também manifestou preocupação porque esta é uma fase em que os trabalhos dependem unicamente da energia elétrica. Não se pode adiantar nenhum tipo do serviço se as máquinas de solda não estiverem em pleno funcionamento. João Paulo também enfatizou que a festa não é feita apenas em três dias e o povo cobra a energia cara que é paga à Ceam.

O diretor do Garantido afirma que além dos bumbás, são prejudicados todos os setores do comércio, escolas, hospitais, bancos, a cidade praticamente pára com o racionamento de duas em duas horas.