07/06/2005, Cláudia do Valle, jornal A crítica
Festa junina sem fogos é como anoversário de criança sem balões e docinhos. E para dar mais coloridos ao espetáculo que será apresentado pelos bois Caprichosos e Garantido, no 40° Festival Folclórico de Parintins, nos dias 24, 25 e 26 de junho próximos, o regulamento deste ano liberou o uso de fogos de artifício indoor, chamados de frios, que produzem menos fumaça e não queimam superfícies e pessoas, desde que usados com segurança. Os bois bumbás devem gastar, juntos, quase R$ 300 mil com fogos outdoor quentes, e indoor, usando produtos com diversas procedências, de Minas Gerais, Paraná e são Paulo e dos Estados Unidos e China.
Os tipos frios - flamer, gerbs, silver jet, airbust, rocket e saxon-para explodir têm tempo e altura pré-determinados, proporcionado maior segurança em relação aos convencionais e sendo mais caros: em torno de 40 a 5. Os efeitos que produzem são perfeitos para o uso em alegorias e na cênica dos rituais indígenas, simulando erupções e chamas, podendo aparecer na mão de algum item oficial, como o pajé ou a cunhã-poranga. Os fogos frios são atóxicos, têm pequenas dimensões e podem ser usados próximos a pessoas, sem problemas ou risco. Quando às cores,existem mais de dez variedades e o tempo de duração não uktrapassa os 30 segundos.
Fogo Azul
Respon´sal pelos efeitos especiais e piritécnicos do boi azul há 15 anos, o parintinense João Afonso, 40 promete levar o melhor do mundo, em artifícios, para Parintins, onde é representante da empresa Lanza Show Fogos, cuja matriz fica em Curitiba PR. Alguns tipos usados pelo Caprichoso são importados dos Estados Unidos, da Piropakr indoor, e da China outdoor, que rem algumas das fábricas mais atigas e artesanais de pirotecnia, com até 300 anos de tradição. Ontem, durante uma reunião com o presidente do boi azul, César Oliveira, Afonso fecharia os últimos detalhes para começar a importação dos itens, que poderiam levar 15 dias para chegar na cidade, viajando de balsa no trecho final de belém PA a Parintins. Da China, por exemplo, usamos os fogos que formam estrela e meteoros coloridos. O páis é o primeiro no ranking dos melhores e o Brasil é o quarto Os chineses trabalham com fogos mais artesanais, o que aumenta a segurança, explica o empresário e sóciodo boi.
A lanza, empresa criada há 65 anos, já assinou dois espetáculo de artifício do reveillon do Rio de Janeiro, um dos mais badalados e famosos do mundo.
No caprichoso, os fogos frios serão usados para dar vida a algumas alegorias e personagens, instantâneos. Estamos um pouco atrasados na importação porquer o transporte de carga explosiva é demorado. Os fogos indoor são mais caros e sempre compramos em maior quantidade, para casos de defeitos, por causa da longa viagem. Estamos correndo contra o tempo, mas faremos um espetáculo inesquecível, diz Afonso.