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Boi Caprichoso tem compromisso social

01/05/2002, Jornal A Crítica

Uma vitória do boi social. Nos últimos seis anos, o boi Caprichoso vem ampliando suas atividades sociais com a Escolinha de Artes que propicia às crianças de Parintins desenvolvimento de seu potencial artístico por meio de cursos que transmitem os fundamentos básicos da arte plástica, cênica e coreografada, musical e artesanal. O resultado do compromisso social assumido pela direção do bumbá é a formação de dezenas de jovens que já estão gerando renda com a comercialização de artesanatos, trabalhos nos QGs, atuação como dançarinos e professores da própria escola.

Nossas crianças alcançaram um desenvolvimento que nos surpreendeu, comemora a diretora Graça Assayag, uma entusiasta do projeto. Ela conta que o trabalho começou em 1997 com o projeto Caprichoso nas ruas, que atendeu a 50 crianças. Em 98, a escolinha já estava em pleno funcionamento com 500 crianças matriculadas nas oficinas. Hoje, são 25 oficinas beneficiando 800 crianças e adolescentes em 30 turmas pela manhã e à tarde.

Graça defende o princípio de que uma oficina sempre será o elo da outra, as atividades estarão entrelaçadas, ensinando os alunos como se vive em sociedade e que solidariedade e colaboração estarão sempre juntas.

Para a diretora, a importância do projeto está exatamente na preparação das crianças para o futuro. O exemplo mais recente foi a participação de um aluno da escola no concurso de telas para a escolha do cartaz do festival folclórico. Outros alunos com aptidão para pintura, desenho, escultura em isopor já fazem parte das equipes que estão nos galpões do boi.

Acreditamos que o papel social do Caprichoso com a Escolinha de Artes está sendo cumprido. Nossas crianças saem daqui com os fundamentos básicos da arte, do que querem desenvolver em busca de gerar uma renda para eles no futuro, ressaltou.

A escola elaborou um calendário de atividades complementares para este ano. Os alunos farão estágio nos galpões para treinamento prático, participarão do Festart junino com apresentação de danças folclóricas, a orquestrinha da escola vai buscar espaço para apresentações durante os ensaios do boi, além dos projetos que serão desenvolvidos para resgatar o auto das pastorinhas e a introdução da ciranda, uma cultura do rio Negro que deverá ser mostrada pela primeira vez em Parintins.

Mais do que um boi mirim, o Diamante Negro é também uma das oficinas que a escola de artes está realizando para ensinar as crianças como se dá a concepção de um boi de arena, buscando o aprendizado nas próprias oficinas. Graça Assayag explica que cada uma desenvolverá etapas da oficina do boizinho para colocar na prática o que os alunos aprendem em escultura, pintura, artesanato, dança e teatro. Os próprios alunos vão montar as danças dos rituais, dos itens, vão confeccionar as roupas das tribos, os adereços e as alegorias, explica ela.