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Projetos sociais merecem reconhecimento

07/05/2006, Keynes Breves, Diário do Amazonas

Parintins, como a maioria dos municípios do interior, tem a sua população ancorada aos serviços públicos do município ou do Estado, que juntos são as maiores fontes de empregos.

Apesar de ter outras fontes de emprego, como por exemplo, o comércio, escasso em alguns períodos do ano e, que vive a sua melhor época no período do Festival, a população parintinense é carente e necessita de mais oportunidades de emprego. E é no Festival que vários pais de famílias saem dos fundos de suas redes para ganhar um dinheiro extra, mantendo assim a família nos quatro meses de trabalhos antes da festa, mas depois, a rotina da cidade e dos artistas volta a ser a mesma, sem emprego, sem uma renda fixa mensal, sem oportunidade de crescer na vida, sem poder sonhar com um futuro melhor.

E é neste momento que os artistas, que trabalharam para criar a mega festa no Bumbódromo, começam a procurar outras maneiras de ganhar o sustento diário. Alguns conseguem viajar a São Paulo e Rio de Janeiro, para trabalhar nos barracões de escolas de samba. Outros preferem trabalhar em eventos aqui mesmo da região, como o Festival de Ciranda de Manacapuru, o Festival Folclórico de Fonte Boa, entre outros, fazendo assim um verdadeiro êxodo artístico.

E como hoje o Festival de Parintins entra na fase de profissionalização nos dois bumbás, nada melhor do que os eles, os bois, investirem no futuro da festa. Preparar os novos Arlindo Jr e David Assayag, futuras sinhazinhas da fazenda, novos marujeiros e batuqueiros, com o objetivo de sustentar a cultura parintinense por muitos anos.

É neste cenário que o governo do Estado acerta em em repassar R$ 500 mil, sendo R$ 250 mil a cada associação, para manter os projetos sociais que envolvem aproximadamente 800 crianças. Não importa a cor ou boi que as crianças torcem, o importante é que elas estão sendo tiradas das ruas e da ociosidade em que vivem, para ser transformados em artistas e que no futuro, não muito distante, elas serão responsáveis pela manutenção e perpetuação do Festival.

As crianças da Aldeia da Arte, do Garantido, e da e Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale, do Caprichoso, estão tendo a oportunidade que com certeza seus pais não tiveram.